UFSC sedia Congresso Internacional de Linguística

08/08/2018 14:56

Em sua terceira edição, ocorreu na Universidade Federal de Santa Catarina o 3º Encontro Internacional de Sintaxe, Semântica e Interfaces (EISSI). Contando com a presença de dois palestrantes entre os dias 25 a 29 de junho, o evento teve como principal objetivo discutir as pesquisas na sintaxe e semânticas das línguas naturais.

Com três dias para apresentações que contemplaram língua de sinais, línguas indígenas brasileiras, crioulos, português brasileiro, inglês, entre outras questões, ocorreram também dois minicursos. O primeiro deles, sobre semântica, foi ministrado pela professora Angelika Kratzer, precursora na área de estudo sobre modais e sentenças condicionais. O segundo minicurso foi ministrado pelo professor Luigi Rizzi, um nome importante sobre conhecimento da sintaxe e precursor da Cartografia (trabalho para elaboração de cartas geográficas).

Segundo a professora Roberta Pires de Oliveira, esse evento foi uma alternativa encontrada para tratar, de maneira teórica, explicações sobre as línguas naturais, partindo de um ângulo mais científico baseando-se no aparato lógico-formal e experimentos externos.

Como eixo de atuação, o EISSI também teve o propósito de demonstrar para outros professores, alunos, pesquisadores e profissionais da área, o que está sendo produzido acerca da aquisição de linguagem. “Como as crianças aprendem a língua, como o ser humano aprende um novo idioma, como funcionam sistemas de comunicação em outros animais. […] Todas essas questões estão envolvidas” afirma a professora Roberta Pires.

De acordo com explicações, abordar todos esses assuntos também significa entender como funcionam a mente e o cérebro humano e, em última instância, trata da possibilidade de se construir inteligências artificiais, que estão se tornando cada vez mais presentes no cotidiano da sociedade.

Para mais, a intenção do EISSI também é chegar aos professores de línguas e às escolas conseguindo repassar o conhecimento que é produzido nas pesquisas que não estão acessíveis a todas as pessoas. Como consequência, esse processo auxilia na maneira como a sociedade entende as línguas.

 

Leticia Silva
Divulgação Propesq