Acesso Aberto: o futuro da publicação científica

23/10/2018 10:05

A Scientific Electronic Library Online – SciELO – é a maior base de dados e publisher da América Latina e funciona, também, como uma biblioteca eletrônica que reúne 1285  periódicos e 745.182 artigos produzidos em 14 países. A cada 5 anos, a Rede SciELO  realiza um evento internacional, com o intuito não apenas de comemorar seu aniversário, mas também para discutir e planejar suas ações para os próximos 5 anos.

Em 2018, foram comemorados 20 anos de existência da SciELO e, do dia 25 ao dia 28 de setembro, aconteceu a Conferência SciELO 20 anos. O evento internacional reuniu nomes importantes, de todo o mundo, na área de publicação científica.

Coordenando a mesa “Acesso Aberto – rotas rumo à universalização: vias douradas, verdes híbridas, outras”, a professora Rosângela Schwarz Rodrigues, da UFSC, esteve presente. Na discussão, estavam os painelistas Éric Archambault da Science Metrix, Jason Priem da Impactstory, Louise Page da Chief Innovation Officer da PLos One e Cassidy Sugimoto, presidente da International Society for Scientometrics and Informetrics.

Rosângela é professora do Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação desde 2005 e é formada em Comunicação Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Suas produções se concentram nos temas de Acesso Aberto e Publicação Científica.

Atualmente, é líder do grupo de pesquisa Informação Científica, no qual participam alunos de graduação, doutorado, mestrado e professores. A linha de pesquisa tem como objetivo investigar sobre padronização, formato, indicadores, processo de avaliação, qualidade, entre outros aspectos importantes das publicações científicas.

Desde a mudança das publicações impressas para o universo digital, o movimento Acesso Aberto tem sido a grande nova transformação da divulgação científica. Com isso, todos aqueles que optarem por aderir ao movimento terão que adequar suas publicações e pesquisas à interoperabilidade dos sistemas, ajustando-se aos novos motores de buscas e novos requisitos de padronização.

No Brasil, são investidos anualmente mais de 1 milhão de dólares para acesso de pesquisadores ao Portal de Periódicos CAPES. “Acessar periódicos de editoras comerciais custa muito caro. Países que não têm condições de pagar, não têm condições de fazer ciência de ponta.” Para a professora Rosângela, além disso, o Acesso Aberto é uma forma de inclusão científica e que permite que os pesquisadores possam acessar o que já foi produzido em suas áreas, para que suas próprias produções consigam contribuir para os avanços científicos no cenário global e local.

 

Leticia Silva 

Divulgação Propesq