Série Institutos #1 – Instituto de Eletrônica de Potência

20/06/2022 13:00

A Pró-reitoria de Pesquisa apresenta a Série Institutos. O intuito é divulgar o trabalho desenvolvido por esses grupos de estudos da Universidade Federal de Santa Catarina nos âmbitos do ensino, pesquisa e extensão em diversas áreas do conhecimento.

O Instituto de Eletrônica de Potência (INEP), vinculado ao Departamento de Engenharia Elétrica e Eletrônica. O Instituto teve sua origem em 1979, com a criação do Laboratório de Máquinas Elétricas e Eletrônica de Potência (LAMEP), cujos estudos eram voltados para desenvolvimento de atividades ligadas à Eletrônica de Potência e Acionamento Elétrico. Em 1994 o Laboratório passou por uma reestruturação que culminou na criação do INEP.

Logo do Instituto de Eletrônica e Potência.

 

Atualmente o Instituto de Eletrônica de Potência é supervisionado por Denizar Cruz Martins, professor titular do Departamento de Engenharia Elétrica. Segundo ele, o foco principal é em estudos voltados para sistemas de processamento de alta potência com ênfase em acionamentos elétricos, veículos elétricos e a integração de sistemas renováveis à rede elétrica, como eólico e solar-fotovoltaico – que utiliza a energia do sol para gerar eletricidade.

Na prática, a tecnologia desenvolvida pelo INEP chega à comunidade através de produtos de maior vida útil, melhor desempenho e menor custo. “Nada melhor”, observa o professor Denizar, que destaca a importância da pesquisa para que isso aconteça. “A academia investe na formação de novos conhecimentos, estruturas e processos e quando tudo está bem ajustado, já maduro, é transferido para a indústria que vai produzir um equipamento com essas características”.

Segundo o supervisor, há em torno de 70 pessoas trabalhando no Instituto, entre professores, técnicos e estudantes. Na pós-graduação, cerca de 20 estudantes distribuídos em mestrado e doutorado passam pelo INEP todo semestre. O número era maior em anos anteriores, e, para Denizar, diminuiu em razão do valor das bolsas para pesquisadores brasileiros estarem defasados, o que dificulta a manutenção de pós-graduandos na instituição

Uma das saídas para a dificuldade de obter financiamento através dos órgãos de pesquisa é a parceria com empresas. “A gente costuma ser procurado por causa dos artigos que publicamos apresentando uma tecnologia nova. A indústria se interessa por aquela tecnologia e então ela vem para a universidade para desenvolver a tecnologia dentro das suas próprias necessidades”, explica o professor Denizar. 

O aporte de recursos é feito por mediação de instituições como a Fundação de Ensino e Engenharia de Santa Catarina (FEESC) e a Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (FAPEU). Os fundos são empregados na aquisição de componentes e outros equipamentos, além do pagamento de bolsas para pesquisadores ligados ao projeto.

Para Denizar, a fundamentação da pesquisa inicia com o ensino forte na graduação: formar bons profissionais, mas também incentivar o interesse pela pesquisa através da iniciação científica. “Eu tenho professores da universidade que trabalham no INEP e que começaram comigo lá na segunda fase, fizeram iniciação científica, mestrado e doutorado, fizeram concurso e hoje estão trabalhando aqui”. A proposta é qualificar estudantes para que conheçam a fundo as tecnologias disponíveis atualmente e,  se possível, avancem a fronteira para a inovação. 

Outra prioridade do INEP é produzir conhecimento voltado para as necessidades do mercado nacional, levando em consideração as estruturas culturais e socioeconômicas do Brasil. Denizar afirma que é muito raro propor temas para dissertações de mestrado e teses de doutorado baseados em questões do hemisfério norte, pois o objetivo é que o estudante, de qualquer nível, saia da universidade conhecendo os principais problemas encarados no país. 

Esse fato se reflete nas publicações do INEP, cuja preocupação é produzir conhecimento voltado para a realidade brasileira. Ao todo nove livros em português já foram lançados, o que, para Denizar, não deixa de ser uma forma de independência intelectual. Além disso, artigos são publicados frequentemente em revistas e congressos considerados Qualis A1 pela CAPES.

Fachada do Instituto de Eletrônica de Potência no Centro Tecnológico do câmpus Trindade. (Foto: site INEP)

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Escrito por Mariana Oliari

Bolsista de jornalismo da Pró-reitoria de Pesquisa

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