Série Institutos #2 – Instituto de Estudos sobre a China

27/06/2022 13:00

A Pró-reitoria de Pesquisa apresenta a Série Institutos. O intuito é divulgar o trabalho desenvolvido por esses grupos de estudos da Universidade Federal de Santa Catarina nos âmbitos do ensino, pesquisa e extensão em diversas áreas do conhecimento.

O Instituto de Estudos sobre a China (ICHIN) foi fundado oficialmente em dezembro de 2019, fruto do esforço de um grupo interdisciplinar de professores e estudantes que iniciaram as atividades ainda no primeiro semestre de 2018. Desde então, uma das prioridades do ICHIN é buscar o reconhecimento institucional de autoridades centrais da UFSC, com objetivo de fixar a estrutura necessária para desenvolver pesquisas relacionadas à China.

Evento de fundação do ICHIN. (Foto: acervo pessoal)

Hoje o Instituto é coordenado por Raúl Burgos, professor titular do Departamento de Sociologia e Ciência Política do Centro de Ciências Humanas e Filosofia (CFH). O vice-coordenador é Daniel Martins, professor titular do Departamento de Engenharia Mecânica (CTC). Para eles, a importância de entender a engrenagem econômica e geopolítica da China reside na relevância do país asiático no cenário global, que pode, em breve, se tornar a maior potência do mundo.

Os professores acreditam que os processos socioeconômicos da China têm sido negligenciados na produção de conhecimento científico no Brasil e, em particular, na UFSC. O ICHIN surge para preencher essa lacuna, promovendo estudos sobre o principal parceiro comercial do Brasil e parte fundamental da economia catarinense.

Raúl e Daniel destacam o sucesso do gigante asiático na erradicação da pobreza, com mais de 850 milhões de pessoas saindo da linha da pobreza em pouco mais de três décadas, citando a dissertação de mestrado desenvolvida por Isis Paris Maia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O crescimento do IDH da China de 0,410 pontos em 1978 para 0,761 em 2019 é outro motivo para os pesquisadores desejarem aprofundar a produção científica em torno das políticas desenvolvidas por lá.

“O que não se pode, de forma alguma, é ignorar a China. Ignorá-la pode implicar um alto custo cultural, econômico e social, além de desperdiçar oportunidades únicas que se vislumbram na reconfiguração geopolítica que o mundo encara atualmente”, afirma Raúl.

A partir do trabalho do ICHIN, a UFSC pode se colocar na rota das instituições universitárias que perceberam a pertinência da China em diversas áreas para além da economia, como a cultura, ciência e política. Um dos objetivos do Instituto é promover a cooperação com universidades chinesas através de convênios para intercâmbios, visando a produção de pesquisas em inovação social e tecnológica. 

O Instituto está mobilizado para a organização de uma comitiva, programada para ser realizada entre abril e maio de 2023 com a finalidade de fortalecer a parceria com essas universidades. O foco é na participação da UFSC, mas a comitiva é aberta para instituições públicas e privadas de Santa Catarina. Nesse sentido, o ICHIN busca também reforçar o relacionamento entre Santa Catarina com a província-irmã de Henan.

O ICHIN tem como meta a implementação de um curso permanente de língua chinesa e a inclusão de disciplinas sobre o tema em cursos de graduação e pós-graduação. Além disso, projeta-se o estabelecimento na UFSC de uma filial do Instituto Confúcio, entidade educacional ligada ao Ministério da Educação da China, que tem unidades em universidades de norte a sul do Brasil.

Segundo o Diretório dos Grupos de Pesquisa do Brasil vinculado ao CNPq, há 12 estudantes de pós-graduação distribuídos em mestrado e doutorado desenvolvendo pesquisas no ICHIN atualmente. O Instituto promove diversos seminários sobre o país asiático com o propósito de popularizar cada vez mais os estudos focados nessas temáticas.

O ICHIN oferece o acesso a uma biblioteca virtual que você pode conferir aqui. Para outras informações acesse o site.

 

Escrito por Mariana Oliari

Bolsista de jornalismo da Pró-reitoria de Pesquisa

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