Ninguém provou que hidroxicloroquina cura COVID-19

21/03/2020 08:06

Não existe, até o momento, comprovação de que o medicamento para malária hidroxicloroquina seja útil no combate ao novo coronavírus, causador da atual pandemia da doença respiratória COVID-19. No entanto, a divulgação irresponsável de um estudo preliminar sobre o assunto já começa a causar escassez do produto nas farmácias e assanha o apetite comercial das companhias farmacêuticas. O estudo que causou a celeuma é inconclusivo e está repleto de imperfeições que amplificam dramaticamente o risco de resultados falsos positivos.

O trabalho foi divulgado por um pesquisador francês, via YouTube, e encheu de esperança as pessoas que aguardam um medicamento para a COVID-19.

Do ponto de vista da lógica científica, o estudo, cheio de furos – que explicaremos em detalhes mais adiante – e envolvendo um número muito pequeno de participantes (apenas 26, sendo que um morreu durante o processo e cinco outros abandonaram o teste), tem tanto valor como recomendação médica quanto uma receita psicografada. E o YouTube, afinal, não é o veículo adequado para comunicar resultados de testes clínicos, menos ainda em meio a uma pandemia.

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Brasileiros desenvolvem vacina para combater variedade do coronavírus

18/03/2020 09:29

Substância poderá servir para obtenção de vacina contra Covid-19

Publicado em 16/03/2020 – 16:52 Por Letycia Bond – Repórter da Agência Brasil – São Paulo

Cientistas do Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração (Incor), da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), desenvolvem uma vacina contra o Sars-CoV-2, variedade do coronavírus que provoca síndrome respiratória aguda grave. O diretor do laboratório e coordenador do projeto, Jorge Kalil, ressalta que a vacina não deverá ficar pronta logo, uma vez que o processo envolve rigorosos testes de segurança.

A equipe do laboratório do Incor ainda realizará testes em camundongos para comprovar a eficácia da vacina. Em seguida, buscará firmar colaborações com outras instituições de pesquisa para finalizar o desenvolvimento da substância e produzir uma candidata a vacina contra Covid-19.

Em entrevista à Agência Brasil, Jorge Kalil disse que não é possível precisar quando a vacina será lançada, devido à série de protocolos que devem ser seguidos à risca. Ele ponderou, ainda, que “fazer uma vacina não significa produzir a vacina”, mas sim “o conceito da vacina e como ela vai funcionar”.

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Inscrições abertas – Editais PIBIC e PIBITI 2020/2021

16/03/2020 10:46

A Propesq informa que estão abertas as inscrições para os processos seletivos de bolsas do PIBIC e do PIBITI, ciclo 2020/2021.

Os interessados devem acessar o Formulário IC Online e enviar suas propostas até as 18h do dia 22/04/2020.

Mais informações podem ser verificadas nos editais dos programas, lançados no dia 13/03/2020:

Edital Propesq 01/2020 – PIBIC

Edital Propesq 02/2020 – PIBITI

Quaisquer dúvidas entrar em contato por meio do pibic@contato.ufsc.br.

Lançamento Editais PIBIC e PIBITI – 2020/2021

13/03/2020 17:39

A Pró-Reitoria de Pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina (Propesq/UFSC) torna público os Editais PIBIC e PIBITI para o ciclo 2020/2021 e convoca os interessados a apresentarem Propostas nos termos estabelecidos para a concessão de bolsas de Iniciação Científica e de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, em convênio com o CNPq e sua contrapartida subvencionada pela UFSC, no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica e Tecnológica desta instituição.

Edital Propesq 01/2020 – PIBIC

Edital Propesq 02/2020 – PIBITI

As inscrições terão início na próxima segunda-feira, 16/03/2020, a partir das 10h00, por meio do Formulário IC Online.

Aperto de mão é vilão na transmissão de vírus e bactérias

11/03/2020 10:18

Segundo um estudo publicado no ano de 2014 por pesquisadores da Universidade Aberystwyth, no Reino Unido, além da superfície de contato, a duração do cumprimento e a força empregada também influenciam no espalhamento dos micróbios

Um estudo publicado no ano de 2014 por pesquisadores da Universidade Aberystwyth, no Reino Unido, fez uma curiosa análise de formas de cumprimento com as mãos a fim de entender quais delas transmitem mais patógenos (como bactérias e vírus) de uma pessoa para a outra.

Já se sabia há tempos que uma das principais formas de transmissão de germes é pelo contato com pessoas infectadas, mas não havia um experimento que fizesse a comparação entre as diferentes modalidades.

A referência é o aperto de mão moderado, marcado como 100%. Em relação a ele, um aperto de mão vigoroso chega a transmitir o dobro de bactérias (o teste foi feito com bactérias E. coli não patogênicas). Um high-five, cumprimento com as mãos espalmadas, transmite um pouco menos. Por fim, um soquinho, ou “fist bump”, transmite apenas uma pequena fração das bactérias, menos de um quarto do cumprimento-referência.

Veja o texto na íntegra: Blog Cadê a cura?/Folha de S. Paulo

Fonte: JC Notícias

Especial 8 de março: 11 invenções feitas por mulheres

06/03/2020 09:22

No início da semana que vem comemoramos o dia da mulher e a Pró-reitoria de Pesquisa traz uma publicação especial sobre 11 invenções e descobertas feitas por cientistas mulheres. Também aproveitamos o contexto para convidar você a ler nosso texto sobre a cientista Bertha Lutz e agradecer todas as pesquisadoras da UFSC por contribuírem com a ciência brasileira. As invenções são:

Teste de urina

A química Helen Free, aos 93 anos, desenvolveu as famosas fitinhas usadas no mundo todo para monitorar diabetes e detectar gravidez. A mágica acontece quando algumas pequenas tiras da fita entram em contato com a urina e provocam uma reação, literalmente, visibilizando os resultados. Ela lançou a tecnologia no mercado com o nome de Clinistix e sua descoberta contribui para avanços futuros em testes do gênero.

Fralda descartável

Marion Donovan, arquiteta, desenvolveu uma cobertura impermeável para fraldas que foi recusada por fabricantes no primeiro momento. Assim, ela começou a comercializar as capas por conta própria e vendeu a patente por 1 milhão de dólares posteriormente. Quando Donovan faleceu, o New York Times escreveu em seu obituário: “Tinha 81 anos e havia ajudado a encabeçar uma revolução industrial e doméstica ao inventar o precursor da fralda descartável.” O Salão da Fama de Inventores dos Estados Unidos escreveu: “Motivada pela tarefa frustrante e repetitiva de trocar as fraldas de pano sujas, a roupa e os lençóis de seu filho, Donovan criou uma capa para a fralda que permitia manter seu bebê seco. Diferentemente de outros produtos no mercado, o seu foi feito com uma tela que permitia que a pele do bebê respirasse e também incluía botões em vez de alfinetes”.

Sinalizadores marítimos

Por 10 anos Martha Coston desenvolveu um sistema de luzes pirotécnicas vermelhas. Ela patenteou a tecnologia e vendeu-a para a Marinha dos EUA. Segundo o Salão da Fama de Inventores dos Estados Unidos, “O sistema deu uma vantagem decisiva à União na Guerra Civil e a empresa Coston, fundada para produzir os sinalizadores, operou até o fim do século 20. O sistema de códigos e sinalização foi usado pelo serviço de emergência e o serviço meteorológico dos Estados Unidos, instituições militares na Inglaterra, França, Holanda, Itália, Áustria, Dinamarca e Brasil, navios mercantes e iates privados”.

Limpador de Para-brisa

Ao viajar em um bonde por Nova Iorque, em um dia de neve no início do século XX, Mary Anderson teve a ideia de criar o limpador de para-brisa. O Salão atesta que “Anderson observou que os condutores tinham que abrir frequentemente suas janelas para poder enxergar em meio ao clima impiedoso. Muitas vezes, eles tinham de parar o bonde e descer do carro para limpar a janela. Sua ideia consistia em uma alavanca dentro do veículo que controlava um braço mecânico equipado com uma escova de borracha. A alavanca movia a escova pelo para-brisa para eliminar a chuva ou a neve.”

Kevlar

Stephanie Kwolek era a única mulher em seu laboratório e durante seu trabalho como cientista descobriu o Kevlar, uma superfibra cinco vezes mais forte por módulo que o aço. A aplicação do material vai de coletes à prova de balas a luvas de operários. “Sabia que tinha feito uma descoberta. Não ‘eureka’, mas fiquei muito emocionada, assim como todos no laboratório, por estarmos diante de algo novo e diferente”, disse Stephanie.

Medicamento contra leucemia

As pesquisas de Gertrude B. Ellion foram responsáveis pela criação da 6-mercaptopurina, fármaco utilizado contra a leucemia. Além disso, Ellion também foi responsável pelo desenvolvimento da 6-tioguanina e de inovações farmacêuticas que tornaram o transplante de rim mais fácil.

Método para melhorar negativos fotográficos

Barbara S. Askins inventou um processo para recuperar os detalhes de negativos que foram subexpostos. Ela patenteou a invenção no mesmo ano, possibilitando melhorar fotografias com materiais radioativos. Ademais, Askins também foi contratada pela NASA para pesquisar formas melhores de revelar fotos astronômicas e geológicas. No site, a NASA afirma que seu invento foi “tão bem sucedido que seu uso se expandiu para além da agência espacial e foi aproveitado na obtenção de melhorias em raios-X e na restauração de fotos antigas”.

Calculadora gráfica

A primeira engenheira elétrica a ser empregada nos EUA e a primeira professora em tempo integral da área no país são a mesma pessoa: Edith Clarke. Ela foi autoridade na manipulação de funções hiperbólicas, circuitos equivalentes, análise gráfica e sistemas elétricos. No ensaio “Do Computador à Engenharia Elétrica: a Extraordinária Carreira de Edith Clarke”, James E. Brittain afirma: “Sua carreira teve com tema central o desenvolvimento e a disseminação de métodos matemáticos que simplificaram e reduziram o tempo empregado em cálculos complicados para resolver problemas de design e operação de sistemas de energia elétrica”.

Vidro sem reflexo

Desta vez, uma dupla: Katharine Blodgett e Irving Langmuir experimentaram películas orgânicas com uma só molécula de espessura e descobriram algumas aplicações práticas. A invenção é conhecida como filme Langmuir-Blodgett, uma pilha de capas múltiplas de qualquer espessura produzida após repetir o processo descoberto. Vale ressaltar que Blodgett foi a primeira mulher a obter doutorado em física em Cambridge.

Peneiras moleculares para refino de petróleo

Ao trabalhar com tecnologia emergente de peneiras moleculares, Edith Flanigen descobriu formas mais eficientes e limpas de refinar petróleo.  Sua invenção foi categórica para a produção de gasolina no mundo todo e com isso ela foi condecorada com o prêmio Lemelson do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachussets, na sigla em inglês). Flaningen possui 108 patentes e suas pesquisas também tiveram influência nos processos de purificação de água e no saneamento ambiental.

Máquina para fazer sacolas de papel

Sabe aqueles sacos de papel de fundo plano? Pois bem, eles são fruto da invenção de Margaret Knight, que automatizou o processo de fabricação dos mesmos e sintetizou o trabalho de 30 pessoas. A máquina em questão corta, dobra e une as duas partes do papel para criar a sacola, fazendo com que o custo de produção seja expressivamente menor. Apesar de Knight ter nascido em 1838, ainda no final do século passado uma variação de sua máquina era usada.

 

Eduardo Vargas – Bolsista de Jornalismo da Pró-reitoria de Pesquisa – UFSC

Aluno e projeto da UFSC na final do Prêmio Inovação Catarinense da Fapesc

20/02/2020 12:25

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) tem representantes em duas categorias no Prêmio Inovação Catarinense – Professor Caspar Erich Stemmer, realizado pela Fundação de Apoia à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc). O estudante do curso de Engenharia Eletrônica Pedro Henrique Kappler Fornari, que desenvolveu um sistema para avaliar irregularidade em rodovias, está entre os finalistas do TCC Inovador. Já a Secretaria de Inovação (Sinova) da universidade disputa o título de ICT Inovador. O resultado final será divulgado nesta quarta-feira, 19 de fevereiro, às 18h30, no auditório da Acate em Florianópolis.

O projeto de Pedro Henrique tem como objetivo processar automaticamente os dados obtidos por sensores de distância e de movimento que identificam irregularidades de pavimentos em rodovias. Assim é possível corrigir problemas e defeitos com mais rapidez e eficiência. A Sinova conta com projetos que integram a produção de conhecimento com o setor produtivo, fortalecendo as parcerias da universidade com empresas, órgãos públicos e organizações da sociedade civil com foco na inovação e no empreendedorismo. Entre as iniciativas da secretaria estão os projetos “Caminhos da Inovação” e o “Sinova Startup Mentoring”.

O Caminhos da Inovação contempla projetos voltados para inovação e empreendedorismo inovador. Entre eles está o Sinova Startup Mentoring para selecionar ideias inovadoras para comporem o mapa de startups da UFSC. A cada chamada são aprovadas oito ideias de cada campi (Araranguá, Blumenau, Curitibanos, Joinville e Florianópolis), totalizando 40 propostas. Essas iniciativas passam por uma banca de avaliadores-mentores.

Os projetos de Pedro Henrique e da Sinova estão entre os 124 inscritos nesta edição da Prêmio de Inovação. Destes, 30 foram selecionados como finalistas em 11 categorias. Confira todos que estão concorrendo no site http://bit.ly/PrêmioStemmer.

Saiba mais

O Prêmio Inovação Catarinense – Professor Caspar Erich Stemmer foi criado em 2008 para reconhecer e dar visibilidade a pessoas e instituições que desenvolvem conhecimento científico e tecnológico. São destacados esforços em inovação, em desenvolvimento de novos produtos, processos e serviços, além de iniciativas que contribuem para o desenvolvimento econômico, social e ambiental.

Fonte: Notícias UFSC

O que é ciência básica e porque ela é relevante.

18/02/2020 11:00

Ilustração: Freepik

No momento a ciência ocupa o topo dos noticiários, o caso do Covid-19 (Coronavírus) faz com que todos olhem para os cientistas e perguntem: “O que vocês fizeram até agora? Que vacinas temos? A situação é preocupante?”. Bem, apesar da alta nas publicações científicas sobre esse tema nas últimas semanas, as conclusões feitas até aqui só foram possíveis porque, antes da necessidade imediata, houve pessoas que se debruçaram sobre o tema. “Se não houvesse ciência suficiente acumulada o problema seria muito mais grave”, atesta Maria Luiza Saraiva Pereira, pesquisadora neurogenética. Indo até a revista Nature, você irá encontrar uma série de artigos sobre o tema e, se rolar pra baixo, verá referências deste ano, de pesquisadores que estão trabalhando incansavelmente. Mas, você também verá referências de uma ou duas décadas atrás, pois houve pesquisa em ciência básica, mesmo antes da situação iminente.

O pragmatismo, o ímpeto em ter um resultado e desenvolver algo, é importante, e foi daí que veio uma série de descobertas e de novas tecnologias. Contudo, na ciência ninguém dá uma canetada só, há de se ter uma série de contribuições prévias, de conhecimento acumulado para que se saiba dimensionar, construir e desenvolver. Jamil Assreuy, ex pró-reitor de pesquisa e professor da UFSC, trabalha com ciência básica ao estudar sepse (ou infecção generalizada), um problema que totaliza 20% das mortes do mundo, segundo estudo feito em 195 países. Resolver ou minimizar essa situação depende dos estudos clínicos e da ciência aplicada, mas ambos não sobrevivem sem o conhecimento acumulado e os resultados obtidos pela ciência básica. E cabe ressaltar que, um único estudo pode ser desdobrado posteriormente e servir de base para incontáveis descobertas. Assreuy afirma que provavelmente não teremos um fármaco que dará conta do problema, mas até então temos resultados que contribuem para atenuar o panorama, como tomar a sepse como via de regra ao tratar um paciente que apresenta sintomas, ganhando tempo hábil.

Resultados como esse dão luz a novos métodos, inovações, alicerçados em pesquisas de ciência básica, “muito promissoras e fundamentais para a inovação”, segundo Assreuy. Um exemplo em grande escala é a comercialização do nori, folha comestível feita a partir de algas marinhas, que é produzido desde o século 17 no Japão, mas só começou a ter produção em escala industrial após uma descoberta de Kathleen Drew-Baker, cientista botânica inglesa. Drew-Baker cultivava algas Porphyra em seu laboratório e percebeu que durante a produção de esporos surgiam coberturas de resíduo rosado nas conchas, algo que na época era atribuído à Conchocelis rosea, outra espécie de alga. Drew-Baker descobriu que não havia duas espécies e sim uma só. Sokichi Segawa, biólogo marinho japonês, leu a pesquisa de Drew-Baker, tendo contato com informações sobre a importância de conchas onde os esporos podem se instalar. Posteriormente, Segawa passou a replicar o habitat perfeito para o desenvolvimento das algas, o que abriu portas para uma produção em grande escala e, consequentemente, a popularização do nori dentro da culinária japonesa.

Esse caso é um dos vários em que pesquisas em laboratórios foram cruciais para influenciar a vida cotidiana de milhões de pessoas. Ao longo do ensino fundamental, tivemos contato com uma série de cientistas notórios que desbravaram um campo do conhecimento e foram responsáveis por uma invenção ou descoberta. Contudo, eles o fizeram através de uma extensa bibliografia, concedida por demais pesquisadores que estudaram um tema, método ou fenômeno que era essencial para aquele resultado. Até chegar-se às descobertas ou invenções, há de se ter paciência e resiliência, diz Assreuy. Segundo o professor, a capacidade de lidar com erros e resultados inesperados deve fazer parte da rotina de um cientista. Com isso, sabemos que as pesquisas que estão sendo realizadas são, em algum grau, relevantes para descobertas futuras. Newton disse que só chegou aonde chegou pois subiu nos ombros de gigantes, o que é análogo à relação indissociável entre ciência básica e ciência aplicada: uma série de estudos que visavam prioritariamente o conhecimento, que serviram de base para a criação de instrumentos e processos inovadores. Em suma, há muita ciência nas coisas que te cercam enquanto você lê esta frase.

Eduardo Vargas – Bolsista de Jornalismo da Pró-reitoria de Pesquisa – UFSC

18ª Sepex: maior evento de divulgação científica de Santa Catarina confirmado para 28 e 29 de abril

11/02/2020 08:04

A 18ª edição da Semana de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação da Universidade Federal de Santa Catarina (Sepex/UFSC) está confirmada para 28 e 29 de abril, terça e quarta-feira, em todos os campi da UFSC. A feira trará minicursos, palestras, estandes, apresentações artístico-culturais e eventos paralelos. A temática será “Bioeconomia, Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável”, seguindo a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT 2019).

O evento é o maior em seu segmento no estado de Santa Catarina. A feira é atualmente organizada pela Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesq) em parceria com outras pró-reitorias e secretarias. Em 2018, quando houve a 17ª edição, a Sepex recebeu mais de 20 mil visitantes, e contou com mais de 100 estandes, reunindo cerca de 1250 expositores. Levou para os campi da UFSC mais de 3 mil estudantes da rede pública, com o fretamento de ônibus. Em 2020, os dois dias de evento reservam a mesma programação dos últimos anos, mas traz novidades: além de ter adotado o termo “Inovação” no nome do evento, a Sepex em 2020 trará dois eventos paralelos, voltados a públicos específicos: a Feira de Profissões e o iCamp UFSC.

A Feira de Profissões será promovida pela Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), em parceria com a Comissão Permanente do Vestibular (Coperve) e os centros de ensino da UFSC nos dois dias da Sepex. O objetivo é atrair estudantes de ensino médio que tenham curiosidade sobre os cursos oferecidos pela UFSC e suas aplicações profissionais. A Coperve apresentará os processos seletivos da Universidade, distribuirá materiais, promoverá oficinas e rodas de conversa sobre as normas de redação, as questões do vestibular, obras literárias entre outros.

Já o iCamp UFSC trará egressos da Universidade em um encontro sob a temática “A UFSC como parte da trajetória de cada um nos ecossistemas de inovação”. Promovido pela Secretaria de Inovação da UFSC (Sinova), o evento ocorre no dia 29 de abril, com um minicurso e roda de conversa aberto ao público pela manhã e um evento para egressos à tarde. A proposta é trazer ex-alunos da UFSC, professores e técnicos para promover a reconexão, integração e conexão de gerações.

As inscrições para expositores, artistas e palestrantes de minicursos será de 9 a 20 de março. A homologação dos estandes e minicursos está prevista para 30 de março.
Veja o cronograma completo abaixo ou no link.

Cronograma

  • Inscrição de estandes e minicursos: 9 a 20 de março, no site http://sgsepex.ufsc.br;
  • Inscrições para apresentações artístico-culturais: 9 a 20 de março, pelo e-mail ;
  • Assinatura e entrega dos termos de compromisso e autorização de uso de espaço físico para minicursos: 9 a 20 de março, encaminhar via e-mail para ;
  • Divulgação da programação artístico-cultural: a definir;
  • Homologação de estandes e minicursos: 30 de março;
  • Recurso aos proponentes não contemplados: 31 de março;
  • Divulgação dos deferimentos dos recursos: 2 de abril;
  • Assinatura e entrega dos termos de compromisso pelos coordenadores de estandes: de 30 de março a 17 de abril, encaminhar via e-mail para ;
  • Período para agendamento de transporte de materiais: de 6 a 24 de abril, pelo e-mail ;
  • Inscrição para participação em minicursos: de 13 a 24 de abril, no site http://sgsepex.ufsc.br;
  • Montagem dos estandes pelos coordenadores: 27 de abril, das 14:00 às 18:00.
  • Certificados e anais: 14 de julho;
  • Realização da SEPEX:
    • 28 e 29 de abril de 2020
    • Horário de visitação:
      • das 9 às 19h
    • Desmontagem dos estandes: a definir.
    • Entrega da lista de presença dos minicursos pelos ministrantes: de 28 de abril a 8 de maio, encaminhar via e-mail para .

 

Mais informações:
https://sepex.ufsc.br/
Evento oficial no Facebook

Fonte: Notícias UFSC

Os dados de pesquisa da UFSC e como eles estão em relação ao Brasil.

03/02/2020 09:53

Na última semana de janeiro foram publicados os indicadores de pesquisa aqui no site da Pró-reitoria, você pode conferi-los em sua totalidade clicando aqui.

 

 

Alguns números oscilaram naturalmente e tivemos boas notícias: a pesquisa universitária cresceu no ano que passou. Tivemos um crescimento de 2785 projetos de pesquisa em 2018 para 3218 em 2019 e um aumento de aproximadamente R$ 52 milhões em financiamento de pesquisas. Alguns marcos também foram alcançados pela UFSC, incluindo liderar o ranking de universidades brasileiras no quesito citações.

Ao consultar os dados, vale ressaltar que há possibilidade de dados estarem subestimados, conforme apontado nas páginas. Os dados de produção científica, por exemplo, apontam 2304 publicações em anais de eventos e 3498 artigos publicados em periódicos. Entretanto, os números reais possivelmente superam essas estatísticas, pois os números são importados da plataforma Lattes, dependendo da atualização de currículos.

 

Na última versão dos rankings de universidades, a UFSC acumulou bons ranqueamentos na lista geral e também no âmbito de produção científica. No RUF (Ranking de Universidades Folha), a UFSC manteve a 8ª colocação no quesito pesquisa, posição que também vale para o número de publicações e citações. Em 2019 a Times Higher Education considerou a UFSC a 18ª universidade no quesito pesquisa, mas no último ranking subimos duas colocações. A Leiden* aponta o mesmo que o RUF, no que diz respeito ao número de publicações, com a UFSC na 8ª posição, mas aponta dados mais precisos com relação ao impacto das publicações, pois calcula o número de publicações da universidade com relação aos 10% das melhores. Nesse sentido a UFSC conseguiu emplacar 172 publicações (6.6%), com oito a mais do que no ano anterior, quando liderou o ranking de porcentagem, apresentado 6.8%.

*O Ranking CWTS Leiden é um ranking anual global da universidade baseado exclusivamente em indicadores bibliométricos. Os rankings são compilados pelo Centro de Estudos de Ciência e Tecnologia da Universidade de Leiden, na Holanda.

Errata: A Setic retificou os dados do banner, enviados à Pró-reitoria de Pesquisa, dos indicadores de pesquisa em 07/02/2020.

 

Eduardo Vargas – Bolsista de Jornalismo da Pró-reitoria de Pesquisa – UFSC

 

 

Programa Nascer da Fapesc tem inscrições prorrogadas para dia 15 de fevereiro

24/01/2020 11:06

Fonte: Fapesc

O programa Nascer, fruto de parceria da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e do Sebrae-SC, teve inscrições prorrogadas até o dia 15 de fevereiro. Os interessados em fazer a “pré-incubação” (fase inicial do projeto) devem se inscrever neste link  ou na plataforma no site. Ressaltamos que a prorrogação vale para todas as cidades-polo exceto Lages e Joinville, que tiveram prazo encerrado no dia 10 de dezembro.

O programa abrange vários municípios de Santa Catarina e nas cidades-polo onde não há um Centro de Inovação em funcionamento, o Comitê de Implantação irá trabalhar para disponibilizar espaço físico para realização das atividades. As listas de cidades-polo são: Blumenau, Brusque, Caçador, Chapecó, Criciúma, Florianópolis, Itajaí, Jaraguá do Sul, Joinville, Joaçaba, Lages, Rio do Sul, São Bento do Sul, Tubarão e Videira.

O que é o Programa Nascer?

Visando tirar novas ideias do papel, o Nascer seleciona propostas com o objetivo de criar produtos, serviços e processos inovadores, embasados em conhecimento tecnológico. Tudo começa na pré-incubação, quando os empreendedores são capacitados e orientados para transformar as ideias de negócios em empresas formais. A Fapesc e o Sebrae selecionam propostas que, posteriormente, receberão apoio institucional, além de mentorias, ferramentas e demais fomentos.

No total, são 150 propostas aprovadas distribuídas entre os Centros de Inovação, com turmas de 8 a 12 proponentes, com equipes de até cinco componentes, incluindo o proponente.

Em entrevista, o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Lucas Esmeraldino, destaca: “Nosso papel como gestores públicos é incentivar o empreendedorismo e a inovação e, assim, fomentar, cada vez mais, o crescimento do Estado. E o Programa Nascer é uma ferramenta essencial de apoio a novas ideias e que pode inspirar muitas pessoas”.

Mais informações no site.

Ferramenta desenvolvida por grupo de pesquisa brasileiro permite mapeamento da linha de costa de regiões litorâneas

14/01/2020 09:36

Um grupo de pesquisadores brasileiros está desenvolvendo ferramenta para mapeamento e análise de variação da linha de costa, um indicador amplamente utilizado em zonas costeiras que possibilita o planejamento adequado face à ocupação do litoral. A ferramenta, o CASSIE (Coastal Analysis via Satellite Imagery Engine), é resultado do projeto Baysqueeze, apoiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que conta com pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), e Universidade Federal do Rio Grande (FURG).

Segundo o professor da UFSC e bolsista PQ do CNPq, Antonio Henrique da Fontoura Klein, e um dos pesquisadores do projeto, a posição da linha costa não é constante no tempo e no espaço. Ela varia em função do aporte de sedimentos (exemplo: dos Rios, etc) e dos processos costeiros (ondas, marés) e pode migrar em direção ao mar (chegando mais sedimento do que saindo do sistema), pode ficar estabilizada (tudo que entra é igual ao que sai) ou pode migrar em direção a terra (erosão costeira – neste caso esta saindo mais sedimento do que entrando na região costeira). “Ao monitorarmos a linha de costa a partir de imagens de satélite podemos definir, por exemplo,  locais com erosão costeira ao longo do tempo e medidas preventivas ou mitigadoras podem ser adotadas”, explica o pesquisador. “Ainda com base no passado, considerando um mesmo intervalo de tempo futuro,  podemos prever o comportamento da linha de costa para o futuro”, complementa Klein.

O CASSIE é financiado pelo CNPq por meio da Chamada de Pesquisa e Desenvolvimento em Ações Integradas e Sustentáveis nas Baías do Brasil – MCTIC/CNPq – Nº 21/2017 e, além do Prof. Klein, conta com o trabalho dos pesquisadores Luis Pedro de Almeida, Prof. Visitante do Programa de Pós-Graduação em Oceanologia, Instituto de Oceanografia da FURG; Rodrigo Lyra e Rudimar Dazzi, Profs. do Curso de Ciência da Computação da UNIVALI; Israel Oliveira, Bolsista de IC-CNPQ do Curso de Ciência da Computação da UNIVALI.

Leia mais no site.

Fonte: Coordenação de Comunicação Social do CNPq

Pesquisadores da Unifesp desenvolvem biotinta para impressão 3D de tecido nervoso

08/01/2020 08:11

Técnica pode contribuir para o estudo de doenças neurodegenerativas, testes de fármacos e, futuramente, ser usada na reconstrução de partes danificadas do cérebro

Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) trabalha no desenvolvimento de uma biotinta capaz de produzir tecidos neurais em três dimensões (3D) que simulem o cérebro humano e permitam o estudo mais preciso de doenças neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer.

A ideia é reproduzir o funcionamento do sistema nervoso central de forma mais fiel do que a adotada nos estudos atuais, feitos em placas de cultura – com apenas um tipo de célula e em formato bidimensional (2D) – ou em camundongos, que, apesar da proximidade do genoma com o dos seres humanos, não possuem cérebros tão complexos.

(mais…)

Finalizando 2019 e aguardando 2020!

19/12/2019 17:44

Em alguns dias o ano chega ao fim e nós, da Pró-reitoria de Pesquisa, agradecemos todos que acompanharam as nossas publicações e as divulgaram. O ano de 2019 foi um período de grande importância para a divulgação científica e para a visibilidade da pesquisa universitária. Rolando pelo site você pode conferir projetos que procuramos evidenciar durante o ano: aerofólios que geram energia rentável e sustentável, desenvolvimento de equipamentos de soldagem de ponta, a influência da UFSC na maricultura catarinense, um projeto de design que foi premiado pelo MIT, dentre outros. Além disso, divulgamos o bom desempenho da UFSC em rankings, que apontam-na como a 12ª melhor universidade da América Latina e a 7ª melhor universidade do Brasil.

Temos muito orgulho de divulgar esses dados, que foram construídos graças ao esforço de todos que participam da construção de uma universidade melhor, da integração com a comunidade externa e da produção científica. Ano que vem, voltaremos a todo vapor com novos conteúdos e mais informações sobre ciência e pesquisa, mas, por enquanto, te desejamos um feliz natal e um próspero ano novo.

 

 

Seguimos juntos por uma UFSC cada vez maior!

Blockchain: O que é e quais mudanças estão por vir?

09/12/2019 08:00

 

Créditos: Convergência Digital – Ana Paula Lobo (https://administracaodigital.wordpress.com/2016/07/14/carimbo-de-tempo-100-nacional/)

Uma pesquisa com o termo blockchain na aba de notícias do Google mostra uma série de links e a esmagadora maioria foi publicada no máximo 20 horas antes da pesquisa. A tecnologia deu os primeiros passos no final da década passada e hoje figura como um potencial divisor de águas em diversos setores, cujo principal é o financeiro. Apesar de o debate sobre o tema estar muito atrelado às criptomoedas, a tecnologia também pode ser utilizada em outros segmentos.

Em evento de inovação, a Receita Federal premiou um projeto que visa utilização de blockchain em bases como CPF e CNPJ; o Tribunal de Justiça do Distrito Federal utilizou a tecnologia para colher votos em eleição para Quinto Constitucional; o HSBC planeja mover US$ 20 bilhões à Digital Vault, plataforma baseada em blockchain; a Kodak anunciou, no ano passado, o lançamento de um sistema derivado do blockchain que tem como o registro e proteção de uso indevido de fotos, o KodakOne.

Essas e outras utilizações apontam para o que a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, chama de “diversificação do panorama financeiro”. Descentralização e agilidade contribuem para que essa e outras tecnologias semelhantes sejam cada vez mais presentes em operações financeiras e de demais naturezas. Essa crescente também possui vínculos na academia, que estuda melhorar a precisão e aperfeiçoar alguns aspectos da tecnologia.

Em entrevista à Pró-reitoria de Pesquisa, Martín Vigil, professor da UFSC e pesquisador do LabSEC, conta como sua pesquisa desenvolvida em parceria com a BRy trabalha para melhorar o desempenho do blockchain, objetivando resultados à frente da literatura atual. A pesquisa em questão dá enfoque à aplicação de tempestividade em blockchain e como o conceito pode precisar temporalidade de dados.

 

Em suma, como você resume o conceito de blockchain?

Os detalhes internos por dentro dessa tecnologia computacional confundem, mas podemos compreender o blockchain como um sistema distribuído, sem uma entidade central e controladora, que realiza contabilidade de “contas bancárias” que guardam criptomoedas. Qualquer pessoa pode voluntariamente utilizar seu computador para colaborar na contabilidade das contas no blockchain.  Mas hoje você já tem outros blockchains fazendo outras atividades e outros tipos de verificações.

 

Quais outras funcionalidades, além das atreladas a transações, que o blockchain pode desempenhar?

Eu vejo muito potencial em processos em que queremos minimizar a interferência humana e a possibilidade de corrupção. Toda vez que tivermos isso, blockchain é muito bem aplicado. Por exemplo, imagine um programa de computador na web que contabiliza votos de uma eleição, mas queremos evitar que a pessoa ou entidade que produziu ou mantém o programa possa modificá-lo para adulterar o resultado da eleição. Isso é possível através de programas de computador especiais chamados contratos inteligentes, que são executados no blockchain. Se criados corretamente, os contratos inteligentes são praticamente imunes a hackers ou qualquer outro tipo de interferência humana.

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Quem Foi Bertha Lutz?

02/12/2019 08:50


Uma vida que ecoou aos quatro cantos do mundo entre estudos compilados em 8000 páginas e a luta pelos direitos da mulher. Bertha Lutz dá nome a espécies de anfíbios como o Aplastodiscus lutzorum e também é responsável pela inserção de um trecho no preâmbulo da Carta da ONU (1945): “Nós, os povos das Nações Unidas, resolvidos a (…) reafirmar a fé nos direitos fundamentais do homem, na dignidade e no valor do ser humano, na igualdade de direito dos homens e das mulheres(…)”

 

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Reabertura das indicações de bolsistas CNPq 2019/2020

19/11/2019 10:56

A Propesq comunica que devido a recomposição dos recursos orçamentários e financeiros necessários, o CNPq restabeleceu as cotas de bolsas de iniciação científica e tecnológica inicialmente concedidas à UFSC. para o ciclo 2019/2020, que haviam sido recolhidas.

Com isso, estão reabertas as indicações de alunos nas modalidades de Iniciação Científica (PIBIC, PIBIC-Af e PIBIC-EM) e de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI) do órgão, sendo agora permitidas as substituições destes.

Assim exposto, informamos que o período para substituição e/ou cancelamento de bolsa ocorre do dia 20 até o último de cada mês (com exceção dos dois últimos meses do ciclo), no Formulário IC Online, que encontrar-se-á habilitado às referidas ações.

Importante ressaltar que é permitida apenas uma substituição de aluno durante toda a vigência da bolsa.

Para quaisquer esclarecimentos, solicitamos que entre em contato por meio do pibic@contato.ufsc.br.

Edital Celesc nº 02/2019 – Resumo da Reunião realizada em 13/11/2019

14/11/2019 16:03

Em reunião realizada em 13/11/2019, às 14h, no Auditório do Laboratório Polo, com a presença de pesquisadores desta Universidade, representantes das Fundações de Apoio, da Pró-Reitoria de Pesquisa, da Celesc e da Procuradoria Federal junto à UFSC, foram discutidos aspectos do Edital nº 02/2019 – Desafios para a Pesquisa da Celesc.

As perguntas elaboradas pela UFSC e esclarecidas por representante da Celesc, com comentários da Procuradoria, podem ser acessadas na apresentação de slides. Também é possível assistir a gravação da reunião pelos links (Parte 1 e Parte 2).
Link Parte 1
Link Parte 2

Resposta oficial Celesc

Abaixo, um resumo dos esclarecimentos feitos para cada questão.

a) O Anexo IV apresenta como título “Minuta de Contrato/Convênio”. Questionamos qual será o regime utilizado caso a UFSC seja selecionada com projeto(s): contrato ou convênio? A UFSC pode fazer a opção?

R.: A opção pelo tipo de instrumento vai levar em conta a conveniência entre as partes. Caso seja convênio, a dinâmica de pagamento via reembolso não será alterada, porém, é possível que a rubrica despesas operacionais da Fundação de Apoio seja antecipada, a pedido, a fim de operacionalizar o projeto. Também é possível que alguma outra rubrica ou item seja antecipado, mediante justificativa, em virtude de seu alto valor.

b) É possível que o instrumento jurídico a ser assinado tenha como parte uma Fundação de Apoio para atuar na gestão administrativa e financeira do projeto?

R.: Sim

c) Conforme item 9.9 do Edital, todas as propostas devem apresentar contrapartida financeira/econômica. Solicitamos esclarecer o que pode ou não ser considerado como contrapartida financeira/econômica.

R.: São aceitos: mobilização da infraestrutura e recursos humanos.

d) Segundo a Cláusula Décima, os pagamentos serão realizados 20 dias após a entrega do Relatório de Execução e Prestação de Contas – REPC. Qual o prazo mínimo entre um relatório e outro?

R.: Pagamentos mensais são a rotina da Celesc.

e) A Cláusula Décima Sexta disciplina que os bens adquiridos com recursos do projeto “devem ser encaminhados à CELESC”. É possível que os bens sejam encaminhados à contratada/conveniada? Ou que os bens sejam cedidos em comodato para a contratada/conveniada?

R.: Esta é uma exigência da ANEEL. Porém, é possível, após o encerramento do projeto, a Celesc fazer a cessão de uso dos bens.

Obs.: sobre a inclusão de bens na proposta, deve-se considerar o valor do item com tributos sem isenção ou imunidade fiscal, uma vez que os bens são transferidos ao patrimônio da Celesc, que não poderia se beneficiar das isenções fiscais.

Obs. 2: sobre a responsabilidade pela guarda dos equipamentos, a Celesc informa que durante a execução do projeto a responsabilidade é do executor. Ao final do projeto, os bens são registrados como patrimônio da Celesc que passa a ser a responsável. Caso ela doe/ceda para outrem (seja parceiro, seja UFSC), a responsabilidade será transferida ao beneficiário.

Obs. 3: no momento da proposta não é necessário indicar a destinação do bem.

f) A Cláusula Vigésima Primeira trata do reconhecimento de gastos pela ANEEL. Preocupa-nos a devolução de recursos à CELESC caso a ANEEL entenda, somente ao final do projeto, que este não é original.

Destacamos que o Anexo II do Edital é uma declaração de ineditismo que faz parte da fase de avaliação das propostas.

Desta forma questionamos: Qual o conceito de originalidade de um projeto de pesquisa e desenvolvimento que será considerado na análise da CELESC e da ANEEL? Como a originalidade pode ser atestada pelo coordenador? Por favor citar a(s) referência(s).

R.: O conceito de originalidade e os critérios de avaliação estão no Regulamento da ANEEL.

Obs.: Ver no Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da ANEEL: Módulo 2, item 2.4.1.5 e Módulo 4, item 4.1.2.

g) Pode um contrato/convênio ser assinado pela Celesc, UFSC, Fundação de Apoio e uma ou mais empresas conjuntamente?

R.: Sim. Inclusive, é interesse da Celesc a interação com as empresas, indústrias e agentes de inovação. E que se for necessária a pesquisa básica, que ela seja feita, mas que a proposta não se limite a isso. Caso haja possibilidade de realizar pesquisa aplicada, protótipo, que seja previsto.

h) Que documento incluir no campo propriedade intelectual?

R.: O item de propriedade intelectual no sistema de submissão de propostas não precisa contemplar um anexo, a não ser que haja alguma informação sobre a propriedade intelectual atualmente que necessite ser explicitada. O acordo de PI em si será formulado na contratação.

Comentários gerais:

O edital publicado é a regra mínima para a seleção, há uma flexibilidade em negociar pontos no momento da contratação.

Não há um limite no valor das propostas.

As propostas devem apresentar prazo de execução razoável para o projeto, porém, segundo nova legislação, os acordos devem ter no máximo 48 meses.

Será publicada uma especificação complementar ao desafio 26, provavelmente após o dia 30/11/2019.

As cláusulas de sigilo estão previstas no instrumento de contratação. Sobre a fase de propostas, foi informado que apenas os avaliadores terão acesso às informações, porém não há previsão de termo de confidencialidade. Diante da solicitação da UFSC, a Celesc analisará a possibilidade de haver um termo de confidencialidade pré-contratação.

LDO preserva verba para bolsas e projetos

14/11/2019 09:44

Orçamento 2020 segue baixo, porém ficarão protegidos do contingenciamento fiscal cerca de R$ 4,2 bilhões

Mariana Mazza e Janes Rocha – Jornal da Ciência

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2020 (13.898/19), aprovada pelo Congresso semana passada e sancionada nessa segunda-feira (11/11) pelo Executivo, preservou parte do orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Dessa forma ficou garantido o pagamento de bolsas de estudos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e verbas para projetos importantes como a construção do acelerador Sirius e atividades de monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O presidente Jair Bolsonaro fez 25 vetos à LDO – detalhados na Mensagem nº 569 de 11/11/2019 – sob a justificativa de que os trechos envolvidos ferem o teto de gastos públicos (Emenda Constitucional 95) e criam rigidez no Orçamento da União. O presidente manteve, no entanto, um dispositivo que impede o contingenciamento das ações classificadas na função “Ciência e Tecnologia” no escopo do MCTIC.

Pelos cálculos da assessoria parlamentar da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a medida impacta R$ 4.178.366.040, que ficarão protegidos do contingenciamento fiscal do Poder Executivo, em um total de R$ 11.852.214.656 previstos para o Ministério. Aquele valor pode até ser aumentado caso o Congresso aprove a proposta do governo que abre a possibilidade de endividamento para cobertura de parte das despesas, hoje bloqueada pela chamada “Regra de Ouro”. As despesas classificadas como Ciência & Tecnologia nessa situação somam R$ 542 milhões, o que elevaria o orçamento para R$ 4,7 bilhões aproximadamente.

“Foi uma vitória parcial do Ministério, que se empenhou para que não haja contingenciamento sobre os recursos para ciência dentro da pasta”, observou o presidente da SBPC, Ildeu de Castro Moreira. Ele lembra, contudo, que a medida apenas cria uma regra que preserva determinadas áreas de novos contingenciamentos e que “vale para um orçamento que já está muito baixo”. “Foi uma medida positiva que se soma a algumas vitórias que tivemos este ano, mas não garante que o valor global do orçamento não sofra novos cortes”, destacou Celso Pansera, coordenador executivo da Iniciativa para Ciência e Tecnologia no Parlamento (ICTP.br) e ex-ministro da CT&I.

Moreira e Pansera estiveram ontem na Câmara dos Deputados, em Brasília, junto com representantes das entidades que compõem a ICTP.br para mais uma rodada de atividades pela melhoria do Orçamento de 2020 e em defesa do sistema nacional de sustentação pública da educação e CT&I.

Segundo Moreira, o Relator Setorial de C&T na Comissão Mista do Orçamento (CMO), deputado André Figueiredo (PDT-CE), informou que a margem de manobra da comissão é baixa – um valor de R$ 20 milhões para o remanejamento de dez emendas (cerca de R$ 2 milhões para cada uma). Há, porém, uma perspectiva de aumento dos recursos da área com a revisão do Projeto de Lei do Orçamento Anual (PLOA 2020) que o governo está para enviar ao Congresso.

Entre as reivindicações da ICTP.br, estão a incorporação das emendas parlamentares ao PLOA 2020, em particular a do CNPq, de R$ 300 milhões que está aprovada pela Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara. As entidades também pedem a retirada do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) da reserva de contingência.

ICTP.br

Lançada em maio deste ano, a ICTP.br é um movimento organizado da comunidade brasileira de ciência e tecnologia para atuação permanente junto aos parlamentares no Congresso Nacional e, também, em Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais, em prol do desenvolvimento científico e tecnológico do País. Além da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), fazem parte para iniciativa a Academia Brasileira de Ciências (ABC), Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica (Confies), Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), Conselho Nacional de Secretários para Assuntos de Ciência Tecnologia e Inovação (Consecti) e Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Municipais de Ciência, Tecnologia.