Série “Apoiando o Conhecimento”- Matéria #5

09/09/2021 09:00

A série “Apoiando o Conhecimento”, realizada pela Pró-reitoria de Pesquisa da UFSC, tem como objetivo apresentar os projetos aprovados pelos editais “Programa de Pesquisa Universal” e “Programa Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde” da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), através do formato de mini entrevista com duas perguntas, onde os coordenadores dos grupos contam um pouco sobre a pesquisa.

O projeto “Vulnerabilidade em saúde de usuários do centro de atenção psicossocial do município de Araranguá – SC”, do Centro de Ciências Tecnologias e Saúde do Campus Araranguá, foi aprovado pelo edital “Programa de Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde” da Fapesc. O edital busca apoiar e fortalecer o desenvolvimento de pesquisas que apresentem soluções para as prioridades de saúde e atendam as necessidades de cada Unidade Federativa.

A pesquisa pretende identificar as vulnerabilidades em saúde de usuários do Centro de Atenção Psicossocial do município de Araranguá, no sul do estado. 

Centro de Atenção Psicossocial do município de Araranguá – SC

Confira a mini entrevista com a professora Ione Jayce Ceola Schneider, do Centro de Ciências Tecnologias e Saúde do Campus Araranguá, coordenadora do projeto.

Quais resultados o projeto pretende alcançar?

A partir dos dados levantados pretende-se elaborar estratégias para a redução dessas vulnerabilidades a partir de discussões com os profissionais de saúde e gestores. Equipe de pesquisa e profissionais de saúde poderão fortalecer a prática dos princípios do Sistema Único de Saúde, como a integralidade, e melhorar a qualidade da assistência com redução das vulnerabilidades dos usuários do CAPS. Além disso, a participação de estudantes no projeto permitirá a formação de profissionais de saúde com maior integração ao SUS.

Como ela será aplicada na sociedade catarinense?

A pesquisa pode contribuir para melhorias na organização, gestão e articulação das Redes de Atenção à Saúde, o que inclui as pessoas com doenças crônicas e pessoas em sofrimento ou com transtorno mental na centralidade da assistência, promoção, reabilitação e educação em saúde. Os resultados encontrados pelo projeto proposto serão divulgados em eventos e publicações científicas, contribuindo para ampliação do conhecimento, servir para futuras análises, pesquisas e replicação do projeto em outros locais. A interação entre academia e o serviço local de saúde, contribuirá também para formação de profissionais com visão mais abrangente de saúde. E serão utilizados para qualificar a assistência em saúde mental, oferecendo aos profissionais da rede local conhecimento sobre as vulnerabilidades, educação permanente e apoio técnico nas dificuldades de identificação e abordagem das vulnerabilidades em saúde.

Escrito por: Giovanna Kila
Bolsista de jornalismo da Pró-reitoria de Pesquisa – UFSC

 

Tags: Apoiando o conhecimento

Série “Apoiando o Conhecimento” – Matéria #4

02/09/2021 07:00

A série “Apoiando o Conhecimento”, realizada pela Pró-reitoria de Pesquisa da UFSC, tem como objetivo apresentar os projetos aprovados pelos editais “Programa de Pesquisa Universal” e “Programa Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde” da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), através do formato de mini entrevista com duas perguntas, onde os coordenadores dos grupos contam um pouco sobre o projeto.

O projeto “Monitoramento da saúde e diagnóstico da percepção de risco dos Agentes de Combate a Endemias de Santa Catarina expostos a agrotóxicos”, do Centro de Ciências da Saúde da UFSC, foi aprovado pelo edital “Programa de Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde” da Fapesc. O edital busca apoiar e fortalecer o desenvolvimento de pesquisas que apresentem soluções para as prioridades de saúde e atendam as necessidades de cada Unidade Federativa.

A pesquisa busca analisar a percepção de risco por parte dos Agentes de Endemias de Santa Catarina que trabalham no controle de focos da dengue manuseando agrotóxicos e os impactos na saúde destes profissionais diante a esta atividade. 

Confira a mini entrevista com a professora Claudia Regina dos Santos, do Centro de Ciências da Saúde, coordenadora da pesquisa.

  1. Quais resultados o projeto pretende alcançar?

Com o desenvolvimento do presente projeto espera-se identificar como estes trabalhadores percebem esta exposição, e se existem alterações nos exames laboratoriais ou doenças predominantes neste grupo. Desta forma, pretende-se realizar capacitações tanto com estes profissionais, quanto com os profissionais da saúde que avaliam periodicamente estes trabalhadores. Além disso, caso se identifique a necessidade de avaliar com periodicidade determinado órgão ou sistema, pretende-se propor quais parâmetros podem ou devem ser avaliados durante o monitoramento destes trabalhadores. Desta forma,  espera-se avaliar como ocorre a exposição ocupacional para este grupo de profissionais e assim propor formas de execução das atividades com segurança para saúde da população e destes profissionais.

  1. Como ela será aplicada na sociedade catarinense?

Trata-se de um projeto que abrangerá este grupo específico, mas que realiza um trabalho fundamental que é o controle dos focos da dengue. Sendo assim, o cuidado com a saúde destes indivíduos é de extrema importância de forma direta a eles. Ainda de forma indireta, a sociedade sentirá os reflexos, uma vez que esta atividade poderá ser realizada de forma mais segura e consciente.

Escrito por: Giovanna Kila
Bolsista de jornalismo da Pró-reitoria de Pesquisa – UFSC

Tags: Apoiando o conhecimento

Série “Apoiando o Conhecimento” – Matéria #3

26/08/2021 09:00

A série “Apoiando o Conhecimento”, realizada pela Pró-reitoria de Pesquisa da UFSC, tem como objetivo apresentar os projetos aprovados pelos editais “Programa de Pesquisa Universal” e “Programa Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde” da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), através do formato de mini entrevista com duas perguntas, onde os coordenadores dos grupos contam um pouco sobre o projeto.

O projeto “A internet como campo de disputas para a igualdade de gênero”, do Laboratório de Estudos de Gênero (LEGH) do Centro de Filosofia e Ciências Humanas, foi aprovado pelo edital “Programa de Pesquisa Universal” da Fapesc. O edital busca projetos de diferentes áreas do conhecimento que contribuam para o desenvolvimento científico, tecnológico e a inovação. 

A pesquisa pretende entender como a internet e as redes sociais são utilizadas pelos movimentos feministas e de mulheres na construção da cidadania e reivindicação de direitos. Atualmente, as redes sociais têm um importante papel na organização, divulgação e reivindicação dos grupos, movimentos e manifestações. Porém, há também ações antifeministas, que se colocam contra os direitos das mulheres e contra a igualdade de gênero. O projeto busca também entender como esses conflitos e disputas ocorrem no espaço virtual. 

Confira a mini entrevista com a professora Cristina Scheibe Wolff, coordenadora do projeto.

Quais resultados o projeto pretende alcançar?

O projeto pretende, em primeiro lugar, fazer uma análise interdisciplinar, baseada nos estudos de gênero e nas teorias feministas, com uma perspectiva interseccional e decolonial, sobre o uso político das redes sociais e da internet pelos movimentos feministas e antifeminismo. Várias estudantes de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado participam da equipe, além de professoras de várias universidades. Dessa forma, um primeiro resultado muito importante será a formação de pesquisadoras e pesquisadores a partir dessa metodologia interdisciplinar que estamos desenvolvendo e aprendendo juntas. Resultarão teses, dissertações, TCCs, relatórios. Além disso, o projeto prevê, ao final, a publicação de um e-book, de vídeos, podcast e cartilhas. O e-book e, pelo menos um dos vídeos, deverão apresentar resultados da pesquisa. Outro vídeo, podcast e as cartilhas, visam, a partir dos resultados, auxiliar as pessoas e organizações para o uso seguro e ético das redes sociais e da internet, incluindo o público escolar. Também certamente iremos escrever artigos, que serão publicados em revistas. 

Como ela será aplicada na sociedade catarinense?

A pesquisa nas áreas das ciências humanas é considerada normalmente como “pesquisa básica”, ou seja, sua aplicação nem sempre é possível de verificar de maneira imediata ou mensurável. É diferente de criar um novo material, uma vacina, ou algo assim. Mas nossa pesquisa já nasce com a preocupação de elaborar materiais que tornem os resultados acessíveis a um público maior que o acadêmico, que inclua os movimentos sociais de mulheres, os coletivos feministas, e os professores do ensino fundamental, e o público em geral, e que esses materiais façam recomendações e sugestões no sentido de evitar as violências e assédios nas redes e na internet e de potencializar seu uso no sentido da igualdade de gênero. Várias das páginas web, movimentos e redes que iremos pesquisar estão em Santa Catarina, e, portanto, esperamos que a sociedade catarinense se beneficie desse conhecimento acumulado e da sua divulgação. 

Escrito por: Giovanna Kila
Bolsista de jornalismo da Pró-reitoria de Pesquisa – UFSC

Tags: Apoiando o conhecimento

Série “Apoiando o Conhecimento” – Matéria #2

19/08/2021 09:00

A série “Apoiando o Conhecimento”, realizada pela Pró-reitoria de Pesquisa da UFSC, tem como objetivo apresentar os projetos aprovados pelos editais “Programa de Pesquisa Universal” e “Programa Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde” da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), através do formato de mini entrevista com duas perguntas, onde os coordenadores dos grupos contam um pouco sobre o projeto.

O projeto “Identificação de indicadores de alterações no desenvolvimento infantil provocados pelo consumo de bebidas alcoólicas durante a gravidez”, do Centro de Ciências Biológicas da UFSC, foi aprovado pelo edital “Programa de Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde” da Fapesc. O edital busca apoiar e fortalecer o desenvolvimento de pesquisas que apresentem soluções para as prioridades de saúde e atendam as necessidades de cada Unidade Federativa.

O estudo busca analisar e prevenir o consumo de bebidas alcoólicas por gestantes. Uma vez que a ingestão de álcool aumenta os riscos de desenvolvimento de problemas de saúde, como também gera custos sociais. 

Confira a mini entrevista com a professora Patricia de Souza Brocardo, coordenadora do projeto.

Quais resultados o projeto pretende alcançar?

O consumo de álcool na gravidez causa danos no desenvolvimento do feto e pode ocasionar alterações anatômicas, anormalidades cognitivas e comportamentais permanentes. Como o encéfalo humano se desenvolve ao longo dos três trimestres da gestação, não há uma quantidade de álcool considerada “segura” durante a gestação. O objetivo desse projeto é desenvolver uma plataforma web que irá correlacionar o consumo de bebidas alcoólicas por gestantes catarinenses com partos prematuros, e com os padrões antropométricos e comportamentais do recém-nascido. Isso permitirá identificar crianças afetadas pela exposição ao álcool durante o desenvolvimento para fornecer acompanhamento intensivo de uma equipe multidisciplinar.

Como ela será aplicada na sociedade catarinense?

O desenvolvimento dessa plataforma servirá de apoio à tomada de decisão de ações preventivas de álcool zero durante a gestação, a partir de dados do SINASC, SISPRENATAL e SISVAN e outras bases de dados disponíveis nos municípios e no estado de Santa Catarina. Essas informações podem fornecer aos gestores um protocolo de ações intervencionistas elaborado por profissionais na área de reabilitação.

Escrito por: Giovanna Kila
Bolsista de jornalismo da Pró-reitoria de Pesquisa – UFSC

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Série “Apoiando o Conhecimento” – Matéria #1

12/08/2021 09:00

A série “Apoiando o Conhecimento”, realizada pela Pró-reitoria de Pesquisa da UFSC, tem como objetivo apresentar os projetos aprovados pelos editais “Programa de Pesquisa Universal” e “Programa Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde” da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), através do formato de mini entrevista com duas perguntas, onde os coordenadores dos grupos contam um pouco sobre o projeto.

O projeto “Estudo do reaproveitamento de resíduos da indústria vinícola como estabilizantes para polímeros biodegradáveis”, do Centro Tecnológico de Joinville, foi aprovado pelo edital  “Programa de Pesquisa Universal”. O edital busca projetos de diferentes áreas do conhecimento que contribuam para o desenvolvimento científico, tecnológico e a inovação.

O estudo tem como objetivo a reutilização do resíduo do vinho. Ou seja, cascas, restos de polpa e sementes de uvas descartadas no início do processo que na maioria das vezes acabam sendo enterrados. Esses “restos”, que não são necessários para a produção dos vinhos, possuem componentes químicos, como polifenóis que atuam como antioxidantes naturais que são capazes de servir como proteção contra a degradação térmica de polímeros biodegradáveis.

                                         

Resíduo vinícola seco                                                   Resíduo vinícola seco e moído

Confira a mini entrevista com o professor Wagner Maurício Pachekoski, coordenador do projeto.

  1. Quais resultados o projeto pretende alcançar?

Hoje, polímeros denominados como biodegradáveis vem ganhando importância mundial, pois são ambientalmente amigáveis ao se degradarem naturalmente com o passar do tempo. O problema é que esta mesma característica de biodegradabilidade faz com que estes polímeros sejam mais sensíveis à temperatura, principalmente quando estão sendo moldados no seu formato final. Isso significa que podem ser “danificados” pela temperatura enquanto são conformados em um copo, por exemplo. Este “dano” aparece no aspecto do polímero, que fica com aspecto de queimado e na resistência da peça final, que fica muito comprometida. Ao usar o resíduo vinícola, pretendemos anular este aspecto danoso que pode ocorrer no polímero biodegradável enquanto está sendo conformado. Com isso todos ganham, damos utilidade para um resíduo que muitas vezes é descartado e melhoramos o uso do plástico biodegradável, facilitando e ampliando o seu uso.

  1. Como ela será aplicada na sociedade catarinense?

Santa Catarina vem ganhando notoriedade nacional devido à qualidade de seus vinhos, e com isso a produção de resíduo vinícola vem aumentando exponencialmente. Só em 2019 foram geradas aproximadamente 12.200 toneladas de resíduos vinícolas, só no estado de Santa Catarina. Ao agregarmos valor em um produto que hoje é considerado lixo, caso do resíduo vinícola, poderemos permitir que estas indústrias não tenham despesas, mas sim lucro com este tipo de resíduo, gerando o seu reaproveitamento e evitando o seu descarte. A redução de impactos ambientais sobre o meio ambiente catarinense será evidente.

Escrito por: Giovanna Kila
Bolsista de jornalismo da Pró-reitoria de Pesquisa – UFSC

 

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