Pesquisa busca entender processos envolvidos na metástase e no reaparecimento de cânceres
Em seu novo projeto de pesquisa, o professor do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia (MIP) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Edroaldo Lummertz da Rocha procura compreender o processo de metástase do câncer de mama para a medula óssea e como se dá seu envolvimento no reaparecimento do tumor mesmo muitos anos após o tratamento com sucesso do tumor primário. O trabalho, que pode colaborar para o desenvolvimento de novas terapias que reduzam a propensão de reaparecimento de tumores, foi um dos dez selecionados na quinta chamada pública de apoio à ciência do Instituto Serrapilheira, uma instituição privada de fomento à ciência.

Células tumorais que se disseminam para a medula óssea sobrevivem mesmo após o tratamento quimioterápico e podem levar ao reaparecimento da doença. Foto: National Cancer Institute/Unsplash
Definida como a disseminação de células cancerosas para órgãos secundários, a metástase é a principal causa de morbidade e mortalidade relacionada ao câncer. Após a resseção do tumor primário, as células tumorais que se disseminaram para a medula óssea no início da formação do tumor sobrevivem mesmo após o tratamento quimioterápico, levando ao reaparecimento da doença meses ou anos após o tratamento bem-sucedido do tumor primário. “Ao chegar na medula óssea, estas células tumorais do câncer de mama entram em um estado de quiescência, permanecendo em repouso por muitos anos, se escondendo da destruição mediada por células imunológicas, e também sendo resistentes ao tratamento quimioterápico. Porém, por fatores ainda pouco compreendidos, estas células tumorais em repouso são reativadas anos depois, levando ao surgimento de metástases ósseas, que podem também se espalhar para múltiplos órgãos”, explica Edroaldo.












Pesquisadores da UFSC estão entre os profissionais que receberam destaque na primeira edição da Revista Fapesc, publicação dedicada à divulgação científica de todo o território catarinense. O projeto é uma iniciativa da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) que lançou o periódico em março de 2022.
























