UFSC promove processo de seleção interna para edital 29/2021 da Fapesc

20/08/2021 14:47

A Fundação de Amparo à Pesquisa de Santa Catarina (Fapesc) lançou o edital 29/2021, “Programa Estruturante Acadêmico: Apoio à Infraestrutura de Laboratórios Acadêmicos do Estado de Santa Catarina”. O edital pretende apoiar projetos em Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI) nas diversas áreas do conhecimento e que tenham foco na melhoria da infraestrutura de laboratórios de pesquisa. O programa é aberto para todas as Instituições de Ensino Superior (IES) do estado e cada instituição deve selecionar três propostas de pesquisa.

Na Universidade Federal de Santa Catarina, a seleção interna é realizada pela Pró-reitoria de Pesquisa. Segundo a professora Maique Weber Biavatti, superintendente de projetos, a Pró-reitoria é “encarregada da interlocução com a Fapesc na UFSC. O pró-reitor de pesquisa é o agente responsável para assinar e deliberar em nome do reitor nesta Fundação, bem como no CNPq”. 

Os critérios para avaliação interna são: a capacidade técnica, de infraestrutura e de compartilhamento do projeto; o efeito que a aquisição trará aos laboratórios; a justificativa para a compra de equipamentos; a competência e experiência prévia do coordenador e dos membros da equipe. Ao menos um dos três projetos selecionados deve ser destinado a um campus fora da sede. Para acessar o edital e saber mais informações, clique aqui

A seleção interna mostra-se importante, pois é “uma forma de buscar selecionar as propostas UFSC mais promissoras para concorrer na FAPESC”, afirma Maique. As propostas devem ser enviadas até o dia 23 de agosto de 2021, segunda-feira, para o email: propesquisador@contato.ufsc.br. O resultado da avaliação interna sairá no dia 1º de setembro e a submissão na plataforma da Fapesc será do dia 1º ao 15 de setembro de 2021.

 

Escrito por: Giovanna Kila
Bolsista de jornalismo da Pró-reitoria de Pesquisa – UFSC

Série “Apoiando o Conhecimento” – Matéria #2

19/08/2021 09:00

A série “Apoiando o Conhecimento”, realizada pela Pró-reitoria de Pesquisa da UFSC, tem como objetivo apresentar os projetos aprovados pelos editais “Programa de Pesquisa Universal” e “Programa Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde” da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), através do formato de mini entrevista com duas perguntas, onde os coordenadores dos grupos contam um pouco sobre o projeto.

O projeto “Identificação de indicadores de alterações no desenvolvimento infantil provocados pelo consumo de bebidas alcoólicas durante a gravidez”, do Centro de Ciências Biológicas da UFSC, foi aprovado pelo edital “Programa de Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde” da Fapesc. O edital busca apoiar e fortalecer o desenvolvimento de pesquisas que apresentem soluções para as prioridades de saúde e atendam as necessidades de cada Unidade Federativa.

O estudo busca analisar e prevenir o consumo de bebidas alcoólicas por gestantes. Uma vez que a ingestão de álcool aumenta os riscos de desenvolvimento de problemas de saúde, como também gera custos sociais. 

Confira a mini entrevista com a professora Patricia de Souza Brocardo, coordenadora do projeto.

Quais resultados o projeto pretende alcançar?

O consumo de álcool na gravidez causa danos no desenvolvimento do feto e pode ocasionar alterações anatômicas, anormalidades cognitivas e comportamentais permanentes. Como o encéfalo humano se desenvolve ao longo dos três trimestres da gestação, não há uma quantidade de álcool considerada “segura” durante a gestação. O objetivo desse projeto é desenvolver uma plataforma web que irá correlacionar o consumo de bebidas alcoólicas por gestantes catarinenses com partos prematuros, e com os padrões antropométricos e comportamentais do recém-nascido. Isso permitirá identificar crianças afetadas pela exposição ao álcool durante o desenvolvimento para fornecer acompanhamento intensivo de uma equipe multidisciplinar.

Como ela será aplicada na sociedade catarinense?

O desenvolvimento dessa plataforma servirá de apoio à tomada de decisão de ações preventivas de álcool zero durante a gestação, a partir de dados do SINASC, SISPRENATAL e SISVAN e outras bases de dados disponíveis nos municípios e no estado de Santa Catarina. Essas informações podem fornecer aos gestores um protocolo de ações intervencionistas elaborado por profissionais na área de reabilitação.

Escrito por: Giovanna Kila
Bolsista de jornalismo da Pró-reitoria de Pesquisa – UFSC

Tags: Apoiando o conhecimento

Série “Apoiando o Conhecimento” – Matéria #1

12/08/2021 09:00

A série “Apoiando o Conhecimento”, realizada pela Pró-reitoria de Pesquisa da UFSC, tem como objetivo apresentar os projetos aprovados pelos editais “Programa de Pesquisa Universal” e “Programa Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde” da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), através do formato de mini entrevista com duas perguntas, onde os coordenadores dos grupos contam um pouco sobre o projeto.

O projeto “Estudo do reaproveitamento de resíduos da indústria vinícola como estabilizantes para polímeros biodegradáveis”, do Centro Tecnológico de Joinville, foi aprovado pelo edital  “Programa de Pesquisa Universal”. O edital busca projetos de diferentes áreas do conhecimento que contribuam para o desenvolvimento científico, tecnológico e a inovação.

O estudo tem como objetivo a reutilização do resíduo do vinho. Ou seja, cascas, restos de polpa e sementes de uvas descartadas no início do processo que na maioria das vezes acabam sendo enterrados. Esses “restos”, que não são necessários para a produção dos vinhos, possuem componentes químicos, como polifenóis que atuam como antioxidantes naturais que são capazes de servir como proteção contra a degradação térmica de polímeros biodegradáveis.

                                         

Resíduo vinícola seco                                                   Resíduo vinícola seco e moído

Confira a mini entrevista com o professor Wagner Maurício Pachekoski, coordenador do projeto.

  1. Quais resultados o projeto pretende alcançar?

Hoje, polímeros denominados como biodegradáveis vem ganhando importância mundial, pois são ambientalmente amigáveis ao se degradarem naturalmente com o passar do tempo. O problema é que esta mesma característica de biodegradabilidade faz com que estes polímeros sejam mais sensíveis à temperatura, principalmente quando estão sendo moldados no seu formato final. Isso significa que podem ser “danificados” pela temperatura enquanto são conformados em um copo, por exemplo. Este “dano” aparece no aspecto do polímero, que fica com aspecto de queimado e na resistência da peça final, que fica muito comprometida. Ao usar o resíduo vinícola, pretendemos anular este aspecto danoso que pode ocorrer no polímero biodegradável enquanto está sendo conformado. Com isso todos ganham, damos utilidade para um resíduo que muitas vezes é descartado e melhoramos o uso do plástico biodegradável, facilitando e ampliando o seu uso.

  1. Como ela será aplicada na sociedade catarinense?

Santa Catarina vem ganhando notoriedade nacional devido à qualidade de seus vinhos, e com isso a produção de resíduo vinícola vem aumentando exponencialmente. Só em 2019 foram geradas aproximadamente 12.200 toneladas de resíduos vinícolas, só no estado de Santa Catarina. Ao agregarmos valor em um produto que hoje é considerado lixo, caso do resíduo vinícola, poderemos permitir que estas indústrias não tenham despesas, mas sim lucro com este tipo de resíduo, gerando o seu reaproveitamento e evitando o seu descarte. A redução de impactos ambientais sobre o meio ambiente catarinense será evidente.

Escrito por: Giovanna Kila
Bolsista de jornalismo da Pró-reitoria de Pesquisa – UFSC

 

Tags: Apoiando o conhecimento

Informe CNPq 10 – Atualização sobre o restabelecimento do acesso aos sistemas

09/08/2021 10:29

O CNPq publicou no Twitter:

“1. Informamos que está restabelecido o acesso à Plataforma Lattes.

2. Esse restabelecimento inclui a possibilidade de atualização dos currículos e de cadastro de novos usuários.

3. Como informado neste sábado pela manhã, foi restaurado, também, o serviço de extração do Lattes, que permite, a mais de 300 instituições de ensino e pesquisa, a extração dos currículos de seus pesquisadores, docentes e discentes.

Lembramos que os contatos do CNPq são: a Central de Atendimento, pelo telefone 61 3211 4000, ou o e-mail cnpq@mctic.gov.br

Atualização: foi restabelecido o acesso ao serviço de e-mail do CNPq. Os contatos com o CNPq podem ser feitos por meio dos endereços institucionais já conhecidos. Assim, o contato com a Central de Atendimento pode ser retomado por meio do endereço atendimento@cnpq.br”

 

Fonte: Twitter CNPq

Professor da UFSC é eleito para nova diretoria da Sociedade Brasileira de Matemática

05/08/2021 14:07

Dia 2 de agosto de 2021 ocorreu a cerimônia de posse da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), de forma online. Na cerimônia foram apresentados a nova diretoria, conselho fiscal, conselho diretor e as secretarias regionais.

A nova diretoria conta com o professor Daniel Gonçalves, do curso de matemática, do Centro de Ciências Físicas e Matemáticas da UFSC. Além disso, o professor é editor chefe do Noticiário da Sociedade Brasileira de Matemática e membro do corpo editorial da Revista Matemática Universitária.

https://youtu.be/sp4rQLBRh0c?t=1525

Os resultados da eleição podem ser vistos, clicando no link acima, a partir do minuto 25 e a participação do professor Daniel inicia-se no minuto 32 do vídeo da cerimônia que foi publicada no YouTube.

A Sociedade Brasileira de Matemática foi fundada em 1969 e tem como objetivo reunir matemáticos e professores de Matemática do Brasil, promover a realização e divulgação de pesquisas, estimular a propagação dos conhecimentos matemáticos e contribuir para a melhoria do ensino no país.

Escrito por: Giovanna Kila
Bolsista de jornalismo da Pró-reitoria de Pesquisa – UFSC

Informe CNPq 8 – Atualização sobre o retorno do acesso aos sistemas

04/08/2021 08:19

 

O CNPq informa que está disponível o acesso aos currículos da Plataforma Lattes nas seguintes condições:

1.Por meio do acesso direto ao currículo a partir do ID Lattes, escrevendo, no campo de endereço do seu navegador: http://lattes.cnpq.br [número do ID]

2.Por meio de busca textual pelo endereço: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual

3.A base de dados conta com atualizações feitas até às 18h do dia 23 de julho, dia de início da indisponibilidade dos sistemas.

4.Não será possível, neste momento, fazer atualizações dos currículos, mas está disponível a opção de impressão e download.

5.O trabalho de restauração dos acessos ainda está em andamento, incluindo novas atualizações da base de dados, que serão feitas nos próximos dias, incluindo, nos currículos, as fotos e o número de citações.

Lembramos que, devido ao elevado número de acessos que a base provavelmente terá, o sistema pode apresentar alguma lentidão. Em caso de dúvidas ou dificuldades de acesso, entrem em contato por meio da Central de Atendimento – 61 3211 4000 – ou pelo e-mail cnpq@mctic.gov.br

 

Fonte: Twitter CNPq

Acesso às apresentações da Primeira Mostra Científica e Tecnológica da UFSC Curitibanos

02/08/2021 18:02

Nos dias 17 e 18 de março de 2021 ocorreu a Primeira Mostra Científica e Tecnológica do Campus de Curitibanos da UFSC, do Centro de Ciências Rurais (CCR). A Mostra Científica buscou a divulgação científica do Campus com a comunidade acadêmica e da região, dando espaço e incentivando a cooperação e integração acadêmica.

O evento contou com apresentações orais de trabalhos, e em forma de banners e palestra com o Pró-reitor de Pesquisa da UFSC, professor Sebastião R. Soares. 

Além disso, quatro trabalhos apresentados foram premiados. São eles:

“Densidade e dimensões de estômatos de Acca sellowiana (O.Berg.) Burret no processo de micropropagação”, da estudante de Pós-graduação (PPGEAN), Ana Paula Caetano;

“Checklist de uma área candidata a RPPN no município de Curitibanos”, da estudante de Agronomia, Alana Vergani Alves;

“Degeneração mixomatosa valvar em cães: estudo retrospectivo”, da estudante de Medicina Veterinária, Acauane Sehnem Lima;

“Métodos de superação de dormência na promoção de germinação e crescimento inicial de Butia eriospatha (Martius ex Drude) Baccari” do estudante de Engenharia Florestal, Carlos Fellipe Meurer de Lima.

 

Escrito por: Giovanna Kila
Bolsista de jornalismo da Pró-reitoria de Pesquisa – UFSC

Fapesc lança edital para pesquisadores que concluíram o doutorado há menos de 5 anos

30/07/2021 10:48

Pesquisadores que receberam o título de doutorado há menos de cinco anos podem apresentar propostas de pesquisa aplicada em uma chamada pública do Programa Fapesc Jovens Projetos – SC. O valor do edital é de R$ 1,5 milhão, e cada projeto receberá R$ 50 mil. As inscrições podem ser feitas até 16 de agosto. O edital com todas as informações está disponível aqui.

A pesquisa a ser submetida deve ser realizada em até dois anos, e o pesquisador precisa estar vinculado a uma Instituição de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICTI) de Santa Catarina. Também será concedida uma bolsa de Iniciação Científica no valor mensal de R$ 600 no período de um ano, podendo ser prorrogada por mais 12 meses.

Conforme o objetivo geral do edital, o programa da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) visa a apoiar atividades de pesquisa aplicada em CTI, mediante a seleção de propostas de projeto de pesquisa para a aquisição, instalação, modernização, ampliação ou recuperação da infraestrutura de pesquisa científica e tecnológica nas ICTI catarinenses.

O edital pode ser acessado aqui.

Mais informações no site da Fapesc ou no edital.

 

Fonte: noticias.ufsc.br

Conselho de Administração da EMBRAPII aprova proposta de credenciamento da UFSC

16/07/2021 16:12

A proposta de credenciamento da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – C1.992, na área de Máquinas e Equipamentos para mobilidade, como Unidade EMBRAPII, foi aprovada pelo Conselho de Administração da EMBRAPII. O credenciamento, na forma aprovada, será por 3 (três) anos na modalidade “em estruturação”, com um período probatório de 12 (doze) meses, ao final do qual a Unidade será reavaliada pela EMBRAPII com relação ao seu desempenho no cumprimento do Plano de Ação contratado.

A Unidade estará sob coordenação do professor Rodrigo de Souza Vieira e atuará nas áreas de veículos e equipamentos para movimentação de cargas e pessoas, dispositivos e equipamentos para conversão de energia e propulsão, e processos de fabricação, sistema de manufaturas e materiais. Ela foi criada na Chamada Pública EMBRAPII 01/2021, na esfera do programa ROTA 2030, com parceria da Secretaria de Educação Superior e do Ministério da Educação com participação do Centro Tecnológico e da UFSC/Joinville.

Para o professor Amir Antônio Martins de Oliveira Júnior, do Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC, o credenciamento garante maior envolvimento com a indústria em desenvolvimento e inovação, permitindo o crescimento tecnológico da indústria nacional e a geração empregos. A Universidade Federal de Santa Catarina será diretamente beneficiada, pois proporcionará a aproximação dos professores e alunos com a indústria, promovendo oportunidades de especializações. 

Segundo Amir, o departamento de Engenharia Mecânica já possui uma Unidade EMBRAPII operando desde 2014, o POLO, na área de Tecnologias Inovadoras de Refrigeração, que vem apresentando ótimos resultados e reconhecimento das indústrias. De acordo com o professor, a nova Unidade terá como objetivo se tornar referência em tecnologias para Máquinas e Equipamentos para Mobilidade.

 

Escrito por: Giovanna Kila
Bolsista de jornalismo da Pró-reitoria de Pesquisa – UFSC

 

UFSC está entre as melhores universidades no Latin America University Rankings 2021

14/07/2021 08:55

O Times Higher Education (THE) acaba de publicar o Latin America University Rankings, listando as melhores universidades da região da América Latina e Caribe. Em 2021, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) ficou na 11ª posição. Entre as universidades brasileiras, a UFSC é a quinta melhor instituição federal, destacando-se nos indicadores de ensino, pesquisa e citações.

O Times Higher Education (THE) é uma revista inglesa que publica notícias e artigos referentes a educação superior, afiliada ao jornal The Times, que anualmente elabora um conjunto de rankings considerado um dos mais abrangentes, equilibrados e confiáveis do mundo. Para avaliar as universidades, são analisados 13 indicadores, como ensino, pesquisa, transferência de conhecimento e perspectiva internacional.

Lincoln Fernandes, secretario de Relações Internacionais da UFSC, destaca a importância do investimento público para que as universidades federais do Brasil consigam melhores posicionamentos em rankings internacionais: “Em comparação com o contexto latinoamericano, observamos uma maior ascensão de outros países que realmente continuam com investimentos significativos na educação superior, algo que no Brasil sabemos que não tem sido priorizado e que tem reflexo nos rankings, nas colocações das universidades brasileiras. Os critérios desses rankings são a qualidade no ensino, pesquisa, extensão e mobilidade acadêmica. O Brasil, apesar de ter cientistas de qualidade, observa seus investimentos sendo cortados, as universidades sendo atacadas, e o resultado aparece nos levantamentos anuais realizados pelas entidades internacionais.”

A classificação do Times Higher Education Latin America University Rankings 2021 avaliou 177 universidades  em 13 países. O ranking está disponível aqui.

metodologia do Latin America University Rankings 2021 pode ser conferida aqui.

 

Fonte: Notícias UFSC

8 de julho – Dia Nacional da Ciência e Dia Nacional do Pesquisador Científico

08/07/2021 15:46

Viva a Ciência!

No dia 8 de julho é comemorado o Dia Nacional da Ciência e o Dia Nacional do Pesquisador Científico. Esta data foi escolhida para homenagear a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), fundada no dia 8 de julho de 1948. 

O Dia da Ciência foi sancionado em 2001, pela lei nº 10.221 e o Dia do Pesquisador Científico em 2008, pela lei nº 11.807. De acordo com o art. 2º da lei nº 10.221, “o Poder Público incentivará a divulgação pública do Dia Nacional da Ciência, assim como sua comemoração em todos os estabelecimentos educacionais do País”, sendo este um dos objetivos para dar mais visibilidade e destaque às produções científicas, transmitir os conhecimentos para a sociedade e popularizar a ciência no nosso país.

 

Segundo consta no site da SBPC, de acordo com o relatório da época, carecia-se de uma data de referência para a ciência no país; além do que, em vista da grandeza da entidade, entende-se que a definição desse marco referencial, levará o Poder Público a perseguir o objetivo da proposta em discussão, incentivando a divulgação ampla do Dia da Ciência em todos os setores da sociedade brasileira, e principalmente nos estabelecimentos educacionais do país.

 

 

 

Escrito por: Giovanna Kila
Bolsista de jornalismo da Pró-reitoria de Pesquisa – UFSC

Fiocruz, em parceria com a UFSC, patenteia teste rápido e mais barato de detecção da covid

07/07/2021 10:13

Novo kit de diagnóstico tem custo estimado de R$ 30, menos de um terço do valor do RT-PCR. Foto: André Pitaluga

Um kit de diagnóstico para detecção do novo coronavírus, que pode ser aplicado diretamente em unidades básicas de saúde, fornecendo o resultado em até 45 minutos, com baixo custo e alta precisão. A inovação, que pode contribuir para o enfrentamento da Covid-19, teve a patente depositada, após mais de um ano de trabalho de pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), em parceria com a empresa SPK Solutions.

Simples, rápido e barato, o kit de diagnóstico identifica o material genético do SARS-CoV-2, utilizando uma técnica chamada de RT-LAMP. Em testes de validação, com mais de mil amostras, o exame apresentou precisão equivalente ao RT-PCR, considerado como padrão-ouro para o diagnóstico da Covid-19. Para amostras da orofaringe – coletadas com um tipo especial de cotonete, conhecido como swab, introduzido no nariz dos pacientes – o teste demonstrou 96% de sensibilidade e 98% de especificidade.

“O diferencial do kit é integrar todas as etapas do diagnóstico molecular, com uma metodologia adequada ao point-of-care [local de atendimento]. É um método simples, barato e robusto, que permite realizar o diagnóstico no local onde ele é necessário”, destaca o pesquisador do IOC e coordenador do projeto, André Pitaluga.

A metodologia pode ser aplicada ainda para amostras de saliva, cuja coleta é mais simples. Neste caso, as primeiras análises indicaram 70% de sensibilidade e 98% de especificidade, e uma nova rodada de testes aponta que é possível alcançar quase 100% de sensibilidade caso a coleta seja realizada em jejum, logo após o despertar.

“A ingestão de alimentos, bebidas e higiene bucal alteram a composição da saliva e podem reduzir a presença de partículas virais na amostra, dificultando o diagnóstico. Os testes com a coleta em jejum, pela manhã, ainda estão em andamento, mas os resultados preliminares são bastante positivos”, comenta o pesquisador.

Para desenvolver o kit de diagnóstico, os pesquisadores contaram com o apoio do Núcleo de Inovação Tecnológica do IOC (NIT-IOC) e o financiamento da empresa Engie, Programa Inova Fiocruz e Ministério Público do Trabalho (MPT). Os testes de validação foram realizados em parceria com o Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen-SC) e as prefeituras de Tubarão e Florianópolis.

Diferenciais

O custo estimado do novo kit de diagnóstico do SARS-CoV-2 é de R$ 30, o que representa menos de um terço do valor de um kit de RT-PCR, de aproximadamente R$ 100. O gasto de operação para realizar o exame também é significativamente menor, considerando equipamentos e profissionais envolvidos.

Os pesquisadores destacam que a ferramenta reúne componentes para extração e amplificação do RNA viral. A primeira etapa busca extrair da amostra apenas o material genético, deixando de lado as outras moléculas presentes. A segunda tem o objetivo de identificar e multiplicar alvos do genoma do SARS-CoV-2, de forma a tornar possível a sua detecção.

“As duas etapas são muito importantes para o diagnóstico. A extração facilita a detecção do RNA, aumentando a sensibilidade do teste. Se esse procedimento não for correto, ocorre a degradação do RNA viral, podendo gerar resultado falso-negativo”, destaca Luísa Rona, professora do departamento de Biologia Celular, Embriologia e Genética (BEG) da ​UFSC e integrante do projeto.

Um dispositivo para extração do RNA, criado pelos cientistas, integra o kit de diagnóstico. Basta usar uma pipeta para depositar a solução com a amostra no local indicado, onde uma membrana retém as partículas de RNA presentes.

Para a amplificação dos alvos no genoma viral, o kit contém uma solução pronta, com todo os ingredientes necessários à reação de RT-LAMP, incluindo a enzima que participa do processo e moléculas que identificam especificamente o RNA do SARS-CoV-2. É preciso apenas colocar a amostra purificada em um tubo com a solução e utilizar um aparelho de banho seco ou banho maria para aquecer a mistura. Após 30 minutos a 65ºC, a reação de RT-LAMP é concluída.

O resultado é indicado pela mudança na cor da solução. Nos casos positivos, há alteração no pH da mistura, que se torna amarela. Nos casos negativos, o líquido permanece rosa.

“Todo o procedimento leva cerca de 45 minutos. O único equipamento necessário é um banho seco ou banho maria, e qualquer profissional treinado pode aplicar o teste. Pela simplicidade, o custo operacional é muito menor do que a RT-PCR que exige equipamentos sofisticados e precisa ser executada por especialistas em biologia molecular”, resume André.

Próximas etapas

A partir dos bons resultados nos testes de validação, os pesquisadores estão buscando parceiros para a produção e o fornecimento do kit de diagnóstico. O projeto integra a Vitrine Tecnológica Covid-19 do IOC, plataforma que dá visibilidade a inovações em desenvolvimento no Instituto com o objetivo de fomentar parcerias para a geração de produtos e processos inovadores para o enfrentamento da emergência sanitária. As próximas etapas do projeto devem contemplar também o escalonamento do produto para fabricação industrial e a submissão à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Desde o início, desenvolvemos esse produto com foco no Sistema Único de Saúde, com objetivo de ampliar o acesso ao diagnóstico e contribuir para o enfrentamento da pandemia no nosso país”, ressalta André, acrescentando que a inovação pode ajudar ainda na luta contra outros agravos. “Essa metodologia é muito versátil. Já estamos trabalhando em uma versão do kit para o diagnóstico da febre amarela”, adianta o pesquisador.

Fonte: Notícias UFSC

 

Ciclone bomba acelera construção de frota de nanossatélites em Santa Catarina

07/07/2021 09:45

Constelação Catarina, parceria entre UFSC e SENAI, com apoio da Agência Espacial Brasileira, está sendo desenvolvida para dar suporte à Defesa Civil, às áreas de saúde e segurança e ao agronegócio.

ciclone bomba que atingiu Santa Catarina em junho de 2020 foi um dos acontecimentos que acelerou o processo de desenvolvimento do projeto Constelação Catarina, frota de 13 nanossatélites que dará apoio ao desenvolvimento industrial, ao agronegócio, aos projetos de cidades inteligentes e às áreas de saúde, segurança e defesa civil, além de outras aplicações, no Estado.

Projeto Constelação Catarina desenvolverá nanossatélites no Estado – Foto: Divulgação Senai

Projeto Constelação Catarina desenvolverá nanossatélites no Estado – Foto: Divulgação Senai

A frota será construída em Santa Catarina pelo Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados e pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), com apoio da AEB (Agência Espacial Brasileira), participação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e outras instituições.

Segundo o presidente da AEB, Carlos Moura, com recursos tecnológicos mais avançados, apoiados por satélites, as previsões meteorológicas podem ser mais assertivas e alcançar faixas de 15 minutos, possibilitando alertas pontuais que minimizem os efeitos de fenômenos como o ciclone-bomba. Ele destaca, ainda, que o mercado mundial de nanossatélites vem crescendo de 5% a 8% na última década.

reunião Fiesc

Comunicado sobre o desenvolvimento dos nanossatélites feito em conjunto com a Fiesc – Foto: Filipe Scotti/Divulgação/ND

Segundo o anúncio feito pelos diretores da AEB, em 25 de junho, durante uma reunião da diretoria da FIESC (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina), o desenvolvimento dos três primeiros nanossatélites da Constelação Catarina começará nos próximos meses.

“Pequenos artefatos, do tamanho de um copo ou de uma caixa de sapatos, conseguem fazer muito mais do que os grandes satélites do passado”, disse  Carlos Moura. “A tecnologia permite que se condense cada vez mais capacidades em pequenos instrumentos”, acrescentou, ao destacar que o projeto se viabilizou graças à destinação de recursos pela bancada federal catarinense, R$ 5 milhões em 2021, e proposta de R$ 10 milhões em 2022.

O diretor de Inovação e Competitividade da FIESC, José Eduardo Fiates, observou que a indústria aeroespacial apresenta grandes oportunidades para a economia catarinense.

“É uma plataforma tecnológica que tem aplicações no conceito de smart cities, agro 4.0, indústria 4.0, saúde 4.0 e que vai envolver setores industriais nas áreas de metalomecânica, instrumentação, hardware, sistemas de automação, mecânica de precisão, entre outros”.

Fiates diz ainda que existem amplas possibilidades de integração de entidades públicas e privadas e programas de fomento para o financiamento dos projetos.

Fonte: NDmais

Prêmio Pesquisa de Destaque – Inscrições até dia 31 de agosto

02/07/2021 11:16

O Prêmio Pesquisa de Destaque da Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesq) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está com inscrições abertas até dia 31 de agosto. A condecoração reconhece o mérito de projetos de pesquisa realizados na instituição cujos resultados são destaque na pesquisa científica, tecnológica ou de inovação. O objetivo da iniciativa é proporcionar ampla visibilidade aos premiados como forma de inspirar a comunidade interna e externa nos diferentes campos de conhecimento.

O grande benefício de premiar pesquisas na UFSC, na opinião do pró-reitor da Propesq, Sebastião Soares, é “expor à comunidade o trabalho incansável do corpo universitário no âmbito da pesquisa, a importância da ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento social do País e incentivar a divulgação dos trabalhos aqui realizados e a sua excelência”.

A premiação, aponta o gestor, é uma ação simbólica, que visa destacar o potencial de contribuição para o desenvolvimento científico e tecnológico do País e incentivar a realização de pesquisa científica, tecnológica e a inovação. Segundo ele, incentivar parcerias está também entre os objetivos almejados.

“A pesquisa realizada na UFSC tem uma grande interação com demandas dos diversos segmentos da sociedade, seja no âmbito da pesquisa aplicada ou básica. Ou seja, efetivamente estão conectadas com a sociedade e contribuem para a evolução do conhecimento”, salienta Soares.

A pró-reitoria lançou, no início de 2021 o Prêmio Mulheres na Ciência, que teve 72 pesquisadoras inscritas. “Esta ação [Pesquisa de Destaque] vem se juntar às ações que lançamos e pretendemos lançar, para o reconhecimento anual de pessoas à frente da pesquisa na UFSC. O prêmio lançado hoje tem foco voltado ao reconhecimento de uma obra, uma pesquisa inovadora, não é focado no pesquisador ou na pesquisadora. Difere-se nesse sentido, mas é igualmente relevante: esta premiação reconhece uma obra, as outras premiações reconhecerão a contribuição como um todo, o conjunto da obra de quem pesquisa na UFSC”, ressaltou Sebastião Soares.

>> Conheça o regulamento do Prêmio Pesquisa de Destaque

O Prêmio Pesquisa de Destaque elegerá vencedores em duas modalidades: a. Categoria Pesquisa Básica, que abrange pesquisas voltadas para o desenvolvimento de teorias e compreensão de fenômenos aplicáveis em longo prazo em qualquer área do conhecimento; e b. Categoria Pesquisa Aplicada, que compreende pesquisas voltadas para tecnologias e inovações que possam ser aplicadas em curto ou médio prazo, em qualquer área do conhecimento.

Podem concorrer projetos de pesquisa registrados no Sigpex a partir de 2017, independentemente da grande área do conhecimento à qual esteja vinculado. As inscrições podem ser feitas por meio do Portal de Atendimento Institucional (PAI) da Propesq, disponível na página premiospropesq.ufsc.br.

A Comissão Julgadora que avaliará as pesquisas candidatas será composta por até cinco membros, sendo um representante da Propesq, um representante da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e até três pesquisadores nível 1 do CNPq e externos à UFSC. Os membros do júri não devem ter histórico de colaboração ou laços familiares com nenhum dos candidatos.

O prêmio Pesquisa de Destaque confere a cada vencedor: um diploma de reconhecimento; um vídeo realizado pela Agência de Comunicação da UFSC para divulgação científica, a ser veiculado em canais de ampla comunicação; e uma posição de destaque no Portal Permanente de Pesquisadores de Destaque.

A honraria será entregue a cada ano, em sessão solene no Conselho Universitário da UFSC (ver cronograma).

ATIVIDADE DATA
Período de inscrições (Portal de Atendimento Institucional) De 01/07/2021 a 31/08/2021
Avaliação pela Comissão Julgadora Setembro e outubro de 2021
Divulgação dos(as) selecionados(as) Outubro de 2021
Gravação do vídeo (produção presencial) A partir de outubro de 2021
(a depender do status da pandemia, podendo ser adiada)
Cerimônia de entrega do prêmio Outubro de 2021

Mais informações na página premiospropesq.ufsc.br

 

 

Fonte: Notícias UFSC

Publicações de autoria feminina se destacam na classificação da UFSC em ranking internacional

24/06/2021 10:38

O número de publicações de autoria feminina na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) se destaca na classificação do Leiden Ranking, produzido pelo Centro de Estudos de Ciência e Tecnologia (CWTS), da Universidade de Leiden, na Holanda. Entre os quatros indicadores existentes no levantamento, ‘Gênero’ coloca a UFSC em sua melhor colocação entre as 1.225 universidades avaliadas em 69 países.

Ranking avalia proporção de autoras em publicações acadêmicas. Foto: Christin Hume/Unsplash

O Leiden Ranking é baseado em dados bibliográficos de publicações científicas, em particular em artigos publicados em revistas científicas. Atualmente, baseia-se no banco de dados Clarivate Analytics Web of Science como fonte primária e não usa dados obtidos diretamente das universidades. Na listagem, são considerados quatro parâmetros de análise: 1. Impacto científico (artigos publicados na base de dados Web of Science de 2016 a 2019); 2. Colaborações (artigos em parceria com outras instituições); 3. Acesso aberto (proporção de artigos livres em relação aos restritos); 4. Gênero (proporção de autoras).

Quando considerados os indicadores ‘Impacto científico’, ‘Colaborações’ e ‘Acesso aberto’, a Universidade figura entre as posições 430 e 480 no ranking internacional. Na classificação por gênero, a instituição catarinense passa a ocupar o 334º lugar, sendo a 10ª melhor colocada na América Latina e 8ª no Brasil. O levantamento contabiliza 17.741 publicações pela Universidade, sendo 7.185 delas (40,5%) de mulheres. Há ainda 811 publicações registradas como gênero desconhecido.

A professora Maique Weber Biavatti, superintendente de Projetos da Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesq), afirma que o ranking reforça a posição da Universidade vista em outras classificações, mas considera que a falta de recursos para pesquisa brasileira dificulta a competitividade com as melhores instituições do mundo. “A UFSC tem um protagonismo bastante importante na ciência brasileira considerando o tamanho da Universidade e a abrangência dela. Sempre ficamos entre as dez melhores universidades em vários rankings. Quanto à classificação mundial, sabemos que somos um país periférico, então é muito difícil chegarmos no mesmo ponto onde estão países centrais e que recebem um grande financiamento. Acho que fazemos um trabalho milagroso diante do baixo financiamento que temos. E para o incentivo à pesquisa, infelizmente, não é um cenário favorável este que estamos vivendo”, avaliou.

Ainda em relação ao indicador ‘Gênero’, chama a atenção a proporção na divisão por áreas do conhecimento. A única em que o percentual de publicações femininas é superior às masculinas é na área das Ciências biomédicas e de saúde: 3.132 autorias masculinas (49,6%) e 3.186 autorias femininas (50,4%). Nas demais, a representatividade feminina é inferior. Nas Ciências da computação e Matemática, por exemplo, a participação das mulheres constitui apenas 10% do total de publicações (ver tabela abaixo).

Autoria masculina Autoria feminina
Ciências biomédicas e de saúde 3.132 (49,6%) 3.186 (50,4%)
Ciências da vida e da terra 2.495 (55,5%) 2.000 (44,5%)
Ciências da computação e Matemática 1.033 (90%) 115 (10%)
Ciências físicas e Engenharias 3.598 (67,4%) 1.737 (32,6%)
Ciências sociais e humanas 298 (67,1%) 146 (32,9%)

Para a professora Maique, a leve vantagem em uma das áreas não é suficiente para consolidar uma maioria. “Compartilhar o protagonismo, do ponto de vista de igualdade, seria 50%. Mas se você considerar que nas Ciências da saúde, em geral, historicamente a participação feminina é muito superior a 50,4%, então não chega a ser representativa, uma vez que a área é predominantemente exercida por mulheres. Ainda há uma participação masculina bastante grande, apesar de a maioria das pessoas que se formam na área da Saúde serem do sexo feminino”, salientou.

Já a professora Débora Menezes Peres, eleita na última semana a primeira mulher presidente da Sociedade Brasileira de Física, destaca a assimetria existente no número de pesquisadoras conforme o campo de atuação. A docente cita um estudo da Public Library of Science (PLOS) que colocou a Computação e a Física entre as áreas de menor representatividade feminina. “Esse estudo diz que levaria 258 anos para haver igualdade de gênero ou equidade de gênero quando o assunto é mulheres que publicam como primeiro ou último autor na área da Física, por exemplo. Primeiro ou último autor porque são as colocações de destaque quando os papers não estão em ordem alfabética”, explicou Débora. “Essa assimetria tem a ver com o número de pesquisadores nas diferentes áreas do conhecimento. A gente não precisa ir longe: se você olhar as estatísticas do número de mulheres na Física, na Engenharia da Computação, na Automação, dá pra ver que a diferença é muito grande”, complementou.

Ambas as professoras concordam que a Universidade só tem a ganhar com indicadores positivos de diversidade. “Existem vários estudos, como da Mckinsey Diversity Database e da Goldman Sachs, que estudam a diversidade na academia. Todos eles mostram que a maior diversidade de gênero e ética contribui para uma pesquisa melhor, mais eficiente, e para que os grupos sejam mais produtivos. Então, a Universidade só ganha com indicadores positivos de diversidade, mesmo com alguns homens brancos conservadores gritando que não”, ressalta a professora Débora Peres.

A UFSC implantou recentemente ações que buscam diminuir o desequilíbrio que existe na produção científica. A professora Maique Biavatti destacou a instituição da Comissão de Equidade, formalizada em portaria da Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidade (Saad), com representação de mulheres de diferentes setores, cargos e campi. Ressaltou ainda a idealização do Prêmio Propesq – Mulheres na Ciência, que busca inspirar a comunidade científica interna e externa nas diferentes áreas do conhecimento e contribuir para diminuir a assimetria de gênero na ciência. “Devemos pensar sempre em formas de diversificar os grupos de pesquisa o máximo que pudermos para atingirmos pontos de vista, pensamentos e hipóteses científicas mais criativas”, afirmou.

Classificação nos demais indicadores

A classificação da UFSC variou entre as posições 432 e 479 nos outros três indicadores do Leiden Ranking. Quanto ao ‘Impacto Científico’, a Universidade ocupa o 432º lugar entre as 1.225 instituições avaliadas no mundo, sendo a 8ª mais bem classificada na América Latina e 7ª no Brasil. Ao todo, o levantamento contabiliza 3.213 publicações no período entre 2016 e 2019. Destas, 1.088 são das Ciências físicas e Engenharias, 922 das Ciências biomédicas e de saúde, 754 das Ciências da vida e da terra, 311 das Ciências da computação e Matemática, e 118 das Ciências sociais e humanas.

Quanto ao indicador ‘Colaborações’, a Universidade figura na 479ª posição no mundo, 11ª na América do Sul e 8ª no Brasil. Foram registradas, conforme o ranking, 6.245 colaborações entre 2016 e 2019, sendo 5 mil publicações colaborativas interinstitucionais (80,1% do total), 2.687 publicações colaborativas internacionais e 177 contribuições colaborativas com a indústria. A UFSC repete esta classificação (479ª no mundo, 11ª na América do Sul e 8ª no Brasil) quando considerado o indicador ‘Acesso aberto’. Das 6.245 das publicações analisadas na pesquisa, 2.109 são de acesso aberto (33,8% do total).

Maykon Oliveira/Jornalista da Agecom/UFSC

Fonte: Notícias UFSC

Chamadas CNPq – Bolsas Produtividade DT, PQ e Sênior

23/06/2021 16:26

A Pró-reitoria de Pesquisa informa que o CNPq lançou as chamadas de bolsas produtividade DT, PQ e Sênior. Os editais estão disponíveis nos links abaixo.

 

 

 

Mais informações no site do CNPq.

Professora da UFSC é a primeira mulher eleita para presidir a Sociedade Brasileira de Física

22/06/2021 10:25

Débora Peres Menezes é a responsável pelo canal ‘Meninas na Ciência’ no Youtube. Foto: reprodução/Youtube

A professora Débora Peres Menezes, do Departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi eleita presidente da Sociedade Brasileira de Física (SBF), a maior sociedade científica, em número de sócios, do Brasil. Os resultados foram divulgados na última quinta-feira, 18 de junho, e a posse da diretoria eleita está agendada para 16 de julho.

Com isso, Débora se tornou a primeira mulher eleita para o cargo na SBF. Antes dela, a professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Belita Koiller foi eleita vice-presidente e assumiu a presidência por um período, em 2016, quando o então presidente, Ricardo Galvão, deixou o cargo para assumir a diretoria do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Débora possui graduação em Física (bacharelado e licenciatura) pela Universidade de São Paulo (USP), mestrado pela mesma instituição, doutorado pela University of Oxford, na Inglaterra e pós-doutorado pela Universidade de Coimbra, Portugal, além de estágio sênior pela Sydney University (Austrália) e pela Universidade de Alicante (Espanha). Desde 1992, é docente da UFSC.

A professora integra o Comitê Gestor do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) – Física Nuclear e Aplicações e a Comissão de Física Nuclear da International Union of Pure and Applied Physics. Também já participou do Comitê Assessor de Física e Astronomia do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Comissão de Física Nuclear e Aplicações da SBF, do Grupo de Trabalho sobre Questões de Gênero da SBF e, entre 2008 e 2012, foi pró-reitora de Pesquisa da UFSC. Em 2012, foi contemplada com a Medalha e Diploma de Mérito Francisco Dias Velho pela Câmara Municipal de Florianópolis.

Simultaneamente às atividades de ensino e pesquisa, Débora se dedica ativamente à divulgação científica. Ela é responsável pelo canal do Youtube Mulheres na Ciência, que busca levar ao público diversos tópicos científicos de forma descomplicada e objetiva por meio de filmes curtos produzidos e protagonizados por cientistas e estudantes mulheres. Os vídeos têm um papel de contribuir com o letramento científico dos brasileiros, de divulgar pesquisas de ponta e de lutar contra o falso estereótipo de gênero que enxerga mulheres como menos competentes do que os homens.

Mapeamento de Produções de Projetos – Fapesc

11/06/2021 09:13
A Fapesc está fazendo um levantamento inédito para mapear as produções (acadêmicas e técnicas) feitas pelos projetos que receberam fomento da fundação, por meio das chamadas públicas.
Para isso, estão pedindo o envio de dados de submissões e publicações realizadas pelos proponentes e membros de equipe de projeto, até 31/12/2020.

Prazo para resposta: até 30 de junho de 2021.
Como: acesse o formulário clicando aqui.
Período de abrangência das produções: 01/01/2015 até 31/12/2020.

Importante: as produções deverão estar relacionadas somente aos projetos que receberam recursos da Fapesc, independente se o projeto já esteja concluído ou não.

UFSC está entre as melhores universidades do mundo segundo ranking internacional

09/06/2021 14:04

Pela nona vez consecutiva, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) é uma das ranqueadas no QS World University Rankings. O levantamento coloca a UFSC entre as mil melhores universidades do mundo. A instituição segue no intervalo de posições entre 801º e 1.000º, o mesmo da edição anterior. Somente 27 universidades brasileiras estão nessa lista.

A classificação é elaborada anualmente pela Quacquarelli Symonds (QS), empresa britânica especializada em educação. Os dados resultam de pesquisas com mais de 45 mil empregadores e 94 mil especialistas em todo o mundo.

A avaliação é realizada por meio de seis critérios, incluindo reputação acadêmica, reputação de empregador, relação docente/estudante, citações, índice de professores internacionais e índice de estudantes internacionais. Desses seis indicadores, a reputação acadêmica é o mais forte da UFSC.

Acesse o documento com o detalhamento do resultado da UFSC.

A pontuação geral e mais informações sobre a metodologia podem ser encontradas na página da QS World University Rankings.

 

Fonte: Divulga UFSC